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porto velho, domingo 24 de novembro de 2024
MUNDO: O dólar opera em alta pela 6ª sessão consecutiva nesta terça-feira (5), enquanto os operadores aguardavam a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve e monitoravam o clima político de maior tensão em Brasília.
Às 12h30, a moeda norte-americana subia 2,22%, cotada a R$ 5,1995. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,2070. Veja mais cotações.
A última vez que o dólar fechou acima de R$ 5,15 foi no dia 31 de maio (R$ 5,2243).
Já o Ibovespa opera em queda.
Na segunda-feira, o dólar fechou em alta de 0,65%, a R$ 5,0866. No mês, tem alta de 2,29%. No ano, a queda ainda é de 1,94% frente ao real.
Por aqui, permanece no radar dos investidores os desdobramentos dos trabalhos da CPI da Covid no Senado. Nesta terça-feira, a CPI ouve Regina Célia Silva Oliveira, servidora do Ministério da Saúde apontada como responsável por autorizar o contrato para aquisição da Covaxin, vacina 19 produzida por um laboratório na Índia.
"O comportamento dos ativos financeiros no Brasil continua refletindo o cenário político, em especial, o desenrolar da CPI da pandemia", explicaram em nota analistas da Genial Investimentos. "As denúncias de corrupção na compra de vacinas têm se constituído em um importante fator de incertezas."
Na semana passada, a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de inquérito para investigar suposto crime de prevaricação de Bolsonaro.
No exterior, os preços do petróleo dispararam nesta terça-feira (6) pelas divergências entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus parceiros, o que pode limitar a produção nos próximos meses. Nos EUA, o preço do barril passou de US$ 76,90 pela primeira vez desde novembro de 2014.
O foco dos mercados internacionais estava na ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, que será divulgada na quarta-feira e pode oferecer pistas sobre quando e como o banco central norte-americano reduzirá seu estímulo e elevará os juros.
Autoridades do Fed começaram a debater sobre a redução dos US$ 120 bilhões mensais em compras de títulos na reunião de 15 e 16 de junho e, desde então, a maioria delas tem oferecido visões amplamente otimistas de uma economia que, em muitos aspectos, está saindo de uma recessão desencadeada pela crise global da pandemia de Covid-19.
Vários sinalizaram que veem a recente aceleração de ganhos de empregos e a inflação acima da meta como representação de um "progresso substancial" em direção às metas de estabilidade de preços e pleno emprego do Fed, referência que lhes permitiria começar a reduzir suas compras de ativos. Os dados desde a reunião podem apoiar essa conclusão.