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porto velho, domingo 24 de novembro de 2024
BRASIL: O reajuste dos contratos de aluguel não é o único custo que vem pesando no orçamento das famílias que não tem imóvel próprio e pagam locação.
O preço do condomínio e do IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana) podem superar 80% do valor do aluguel na cidade de São Paulo, segundo uma pesquisa feita pelo QuintoAndar, startup de tecnologia que aluga e vende imóveis residenciais.
Os bairros da zona sul são os que concentram os maiores valores de condomínio e IPTU na cidade em comparação com o preço do aluguel.
Já as zonas leste e norte têm os bairros em que essa relação é a menor na cidade. Em média, os paulistanos dessas regiões representam o equivalente a 35,14% do aluguel
O Parque Real é o bairro da zona sul que tem o maior custo relativo ao condomínio e IPTU: 82% do preço do aluguel.
Portal do Morumbi, Panamby, Morumbi e Vila Sônia aparecem na sequência, todos com taxas superiores a 80%.
O levantamento da Quinto Andar também mostrou que os custos total de taxas como condomínio e IPTU "são um desafio financeiro na hora de alugar um imóvel".
Os principais fatores que influem nos valores de aluguel e de condomínio são diferentes.
No caso do preço do aluguel, procura e demanda são os principais influenciadores, seguidos
por características do imóvel e seu estado de conservação.
No caso das taxas condominiais, o que influi mais são os gastos com funcionários, manutenção e conservação de áreas comuns, como elevadores, áreas de circulação, piscina e espaço gourmet.
De acordo com o levantamento da plataforma, 23,3% dos inquilinos do Real Parque gastam mais com essas contas do que com o custo mensal de locação.
No Portal do Morumbi, 20,1% dos locatários estão nessa situação, vivenciada por 14% dos inquilinos do Panamby.
Na capital paulista, 2% dos inquilinos do Quinto Andar pagam mais de condomínio e IPTU
do que no aluguel em si.
O percentual é menor do que o registrado no Rio de Janeiro, onde 3,4% dos locatários estão nessa situação.
A série de altas do IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) vem gerando reajustes abusivos nos contratos de alugueis, fazendo donos de imóveis e inquilinos renegociarem valores e imobiliárias e administradoras imobiliárias alterarem o indexador de correção dos novos contratos.
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) vem sendo o indicador mais escolhido para a renovação ou assinatura de novos contrados.