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porto velho, quarta-feira 27 de agosto de 2025
PORTO VELHO-RO: O verão amazônico já se faz presente, e junto com ele, o fantasma da escassez de água volta a rondar Rondônia. A Agência Nacional de Águas (ANA) projeta para setembro um quadro de diminuição drástica no volume dos rios da região, repetindo o drama vivido em anos anteriores e acendendo um sinal vermelho para autoridades e população.
Os sinais já são visíveis: importantes rios rondonienses apresentam baixas perigosas em seus níveis. Em Porto Velho, o lençol freático dá claros indícios de rebaixamento, um movimento que poderá comprometer o abastecimento urbano caso as chuvas não cheguem antes do previsto.
O cenário é ainda mais preocupante quando se observa que alguns municípios do interior já dependem de caminhões-pipa para levar água potável às famílias. Essa realidade, que deveria ser exceção, ameaça se tornar regra se medidas emergenciais não forem tomadas imediatamente.
O alerta não é apenas para os gestores públicos. A população também precisa compreender a gravidade do momento: o uso racional da água deixou de ser uma recomendação distante para se tornar uma necessidade imediata. Sem consciência coletiva e sem planejamento governamental, Rondônia poderá enfrentar em breve um colapso no abastecimento.
É hora de as autoridades estaduais e municipais se anteciparem ao problema, estruturando planos de contingência, reforçando a fiscalização ambiental e ampliando políticas de conservação hídrica. A omissão custará caro e colocará em risco a vida de milhares de rondonienses.
A seca avança. O tempo é curto. Rondônia precisa agir agora.