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    porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024

Ibovespa cai mais de 2% com expectativa sobre Selic; dólar sobe a R$ 5,24

Moeda norte-americana teve maior valor de fechamento desde 3 de agosto após valorizar 1,67%


cnn

Publicada em: 06/09/2022 18:54:30 - Atualizado

O Ibovespa encerrou esta terça-feira (6) em queda de 2,17%, aos 109.763 pontos. O mercado repercutiu na sessão de a fala do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante evento na noite de segunda-feira. O tom foi considerado mais duro em relação à política monetária e com indicativos para um aumento da taxa Selic na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Econômica), em 21 de setembro, um quadro negativo para a renda variável.

O índice recuou também em meio à aversão a risco com aumento dos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano e a retração dos preços do minério de ferro na China e do petróleo.

O minério de ferro recuou 0,7% no norte da China para US$ 97,30 por tonelada, enquanto o barril do tipo Brent fechou o dia em queda de 3,03%, sendo negociado a US$ 92,54, devolvendo os ganhos do dia anterior.

Já o dólar subiu 1,67%, a R$ 5,239, favorecido pela continuidade da aversão a riscos entre investidores, que buscam ativos mais seguros em meio a preocupações com o cenário externo e antes do feriado de 7 de setembro no Brasil. Este é o maior valor da moeda desde 3 de agosto, quando terminou o dia cotada a R$ 5,278.

Em evento, o presidente do BC afirmou que a autarquia “continua navegando em um ambiente de alta incerteza” e que o Comitê de Política Monetária (Copom) seguirá vigilante e analisará um possível ajuste final na taxa Selic neste mês.

Mesmo com as falas de Campos Neto, o mercado ainda aposta na manutenção dos juros em 13,75% neste mês, mas já não se surpreenderá com um avanço de 0,25 ponto percentual, que levaria a taxa básica de juros a 14% ao ano.

Os investidores também seguem monitorando os desdobramentos da crise de fornecimento de gás natural na Europa, com a Rússia suspendendo o envio do produto pelo seu principal gasoduto no continente. Os temores envolvem um risco de recessão na região conforme o inverno se aproxima, aumentando a demanda por gás.


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