Fundado em 11/10/2001
porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
A nova deflação registrada em agosto foi determinante para derrubar, pela 11ª semana consecutiva, as expectativas para a inflação deste ano, segundo avaliações de analistas do mercado financeiro apresentadas nesta segunda-feira (12) pelo BC (Banco Central).
Com a atualização, a previsão atual é que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) encerre 2022 em 6,4%, ante alta prevista de 6,61%. Há quatro semanas, a expectativa era de um salto de 7,02% nos 12 meses finalizados no próximo mês de dezembro.
As previsões de alta menor dos preços surgem em linha com a redução da alíquota do ICMS sobre a gasolina e a energia elétrica nos estados — após o governo federal ter zerado o PIS/Cofins sobre a gasolina e o etanol até o fim deste ano. Na avaliação das instituições, o alívio deve ser sentido no bolso das famílias até o fim de 2022.
Mesmo menores, as novas expectativas ainda mostram que a inflação oficial chegará ao fim deste ano acima da meta estabelecida pelo governo para o período, de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 2% a 5%).
O próprio BC já admite que o índice oficial de preços vai furar o teto da meta preestabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) pelo segundo ano seguido, conforme dados apresentados na última edição do RTI (Relatório Trimestral de Inflação). De acordo com o documento, não há possibilidade de a inflação ficar dentro do teto da meta em 2022.