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Economia perde fôlego no quarto trimestre, mas cresce 2,9% em 2022, mostra prévia do BC

Encolhimento da atividade econômica nacional surge em meio à elevação dos juros ao maior nível desde 2017 para conter a inflação


R7

Publicada em: 16/02/2023 09:40:59 - Atualizado

BRASIL: A economia brasileira encolheu 1,46% no quarto trimestre de 2022, na comparação com os três meses anteriores. A perda de ritmo, no entanto, foi insuficiente para reverter o crescimento de 2,9% da atividade econômica em 2022.

Os números foram apresentados nesta quinta-feira (16) pelo IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), conhecido por sinalizar o desempenho do PIB (Produto Interno Bruto). O dado oficial será revelado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no próximo dia 2 de março.

Com o resultado negativo apurado no fim do ano passado, o indicador que estima a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no Brasil fechou 2022 aos 142,95 pontos na série dessazonalizada (livre de influências).

No mês de dezembro, o IBC-Br mostra que a atividade econômica interrompeu a série de quatro baixas mensais consecutivas e avançou 0,29%. No início da sequência negativa, a atividade econômica operava aos 146,62 pontos.

A perda de fôlego da atividade econômica já era esperada por analistas devido ao elevado patamar da taxa básica de juros. A manutenção da Selic em 13,75% ao ano, o maior nível desde 2017, representa uma política monetária contracionista na tentativa de conter a inflação.

O cenário adverso para a economia é justificado pelo fato de que os juros mais altos encarecem o crédito, desestimulam o consumo da população e abrem opções de investimento para as famílias e empresas.

O crescimento apurado pelo BC também vai em linha com as projeções do mercado financeiro e instituições internacionais. O FMI (Fundo Monetário Internacional) avalia que a economia nacional cresceu 3,1% em 2022, mas estima que o crescimento não deve superar 1,5% neste ano nem em 2024.

Os dados do IBC-Br são coletados de uma base similar à do IBGE, órgão responsável pelo indicador oficial sobre o crescimento econômico, que será divulgado na primeira semana de março. No terceiro trimestre, quando a economia brasileira avançou 0,4%, a prévia do BC sinalizou alta de 1,36% no mesmo período.



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