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Economia brasileira cresce 2,9% em 2022 e fecha o ano em R$ 9,9 trilhões, mostra IBGE

Resultado positivo foi impulsionado pelos setores de Serviços e Indústria, com altas de 4,2% e 1,6%; Agropecuária teve queda de 1,7%


R7

Publicada em: 02/03/2023 09:32:05 - Atualizado

BRASIL: A economia brasileira cresceu 2,9% em 2022, na comparação com o ano anterior, com destaque para os setores de Serviços (4,2%) e Indústria (1,6%), conforme mostram dados divulgados nesta quinta-feira (2) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A agropecuária, por outro lado, fechou o ano em queda de -1,7%.

Esse é o segundo ano seguido em que o país apresenta crescimento, depois do resultado negativo de 2020, primeiro ano da pandemia da Covid-19.

O PIB (Produto Interno Bruto) — a soma de todos bens e serviços finais feitos no país — totalizou R$ 9,9 trilhões em 2022. O valor do PIB per capita no ano alcançou R$ 46.154,6, um avanço real de 2,2% ante 2021.

No quarto trimestre de 2022, a variação foi de -0,2% frente ao resultado dos três meses anteriores na série com ajuste sazonal. Nesse período, a Agropecuária e os Serviços cresceram 0,3% e 0,2%, respectivamente, enquanto a Indústria variou -0,3%.

Em relação ao quarto trimestre de 2021, o PIB avançou 1,9% no último trimestre de 2022, oitavo resultado positivo consecutivo nesta base de comparação. Foram registradas altas nos Serviços (3,3%) e Indústria (2,6%), enquanto a Agropecuária caiu 2,9%.

Detalhamento

Sobre o resultado anual, o IBGE informa que, com o crescimento de 2,9% do PIB de 2022 ante o ano anterior, houve aumento de 3,0% no Valor Adicionado a preços básicos, que refletiu o desempenho das três atividades que o compõem: Agropecuária (-1,7%), Indústria (1,6%) e Serviços (4,2%).

Os destaques positivos na Indústria foram Eletricidade e gás, água, esgoto, e atividades de gestão de resíduos (10,1%), com bandeiras tarifárias mais favoráveis ao longo de todo o ano. A Construção também registrou crescimento, de 6,9%.

Todas as atividades dos Serviços tiveram crescimento, sendo os principais em Outras atividades de serviços, de 11,1%, Transporte, armazenagem e correios, de 8,4%, e Informação e comunicação, de 5,4%.

A queda anual de -1,7% na Agropecuária é justificada pelo decréscimo da produção e perda de produtividade, o que acabou neutralizando, ao final, as contribuições positivas das atividades de Pecuária e Pesca.

As Indústrias de Transformação e Indústrias Extrativas também fecharam o ano com números negativos, -0,3% e 1,7%, respectivamente. No primeiro caso, o desempenho foi prejudicado pela queda da metalurgia de metais ferrosos e de produtos de metal, químicos, de madeira e de borracha e plástico. No outro setor, a queda foi devida à menor extração de minério de ferro.

Na análise da despesa, 2022 foi segundo ano consecutivo de crescimento, com alta de 0,9% da Formação Bruta de Capital Fixo. A Despesa de Consumo das Famílias avançou 4,3% em relação ao ano anterior. A Despesa do Consumo do Governo, por sua vez, cresceu 1,5%.

No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 5,5%, enquanto as Importações de Bens e Serviços subiram 0,8%. Também houve aumento de 2,1% no volume dos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios.

Em relação ao valor de R$ 9,9 trilhões do PIB, acumulado em 2022 em valores correntes, R$ 8,6 trilhões se referem ao Valor Adicionado a preços básicos, e R$ 1,3 trilhão aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.

A taxa de investimento no ano foi de 18,8% do PIB, enquanto a do ano anterior foi de 18,9%. A taxa de poupança foi de 15,9% em 2022, ante 17,4% em 2021.

Destaques do trimestre

A variação negativa do PIB no 4º trimestre de 2022, de -0,2% na comparação com ajuste sazonal com o trimestre imediatamente anterior, reflete uma retração de 0,3% na Indústria e uma leve variação positiva da Agropecuária e dos Serviços, de 0,3% e 0,2%, nessa ordem.

Dentre as atividades industriais, o único resultado positivo foi nas Indústrias Extrativas (2,5%). Houve queda nas Indústrias de Transformação (-1,4%), na Construção (-0,7%) e na atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-0,4%).

Nos Serviços, foram observadas quedas no Comércio (-0,9%) e em Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-0,5%).

Pela ótica da despesa, na comparação trimestral houve variação positiva da Despesa de Consumo das Famílias (0,3%) e da Despesa de Consumo do Governo (0,3%), ao passo que foi registrada retração da Formação Bruta de Capital Fixo (-1,1%).

As Exportações de Bens e Serviços cresceram 3,5%, enquanto as Importações de Bens e Serviços caíram 1,9% em relação ao terceiro trimestre de 2022.

Na comparação com o quarto trimestre de 2021, o PIB avançou 1,9%, o oitavo resultado positivo consecutivo nesta base de comparação. O Valor Adicionado a preços básicos e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios cresceram 1,8% e 2,4%, respectivamente.

A Agropecuária apresentou recuo de 2,9%, e a Indústria avançou 2,6% na mesma comparação, com alta em todas as suas atividades. A Construção cresceu 3,2%, as Indústrias Extrativas tiveram elevação de 1,4%, puxadas pela alta na extração de petróleo e gás, e as Indústrias de Transformação também tiveram resultado positivo (1,0%) com influência do aumento da fabricação de produtos alimentícios, veículos automotores, outros equipamentos de transporte, produtos farmoquímicos e farmacêuticos. Os Serviços cresceram 3,3% frente ao mesmo período de 2021.


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