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porto velho, segunda-feira 30 de dezembro de 2024
PORTO VELHO-RO: As eleições municipais de 2024 trouxeram uma verdadeira reviravolta no cenário político de Rondônia, resultando na queda de importantes lideranças que, por décadas, dominaram as principais cidades do estado.
O pleito deste ano evidenciou a decadência de grupos e figuras tradicionais que, outrora influentes, não conseguiram se adaptar ao novo contexto político e foram derrotados nas urnas.
Em Porto Velho, o ex-prefeito Mauro Nazif, que já foi uma figura de destaque na capital, enfrentou dificuldades e não conseguiu transferir mil votos para seu filho que foi candidato a vereador e foi derrotado. A capital, que já o elegeu anteriormente prefeito, não aceitou transferir seu prestígio para seu filho.
Em Vilhena, no sul do estado, também viu o declínio de uma de suas famílias mais poderosas. Os Donadons, que por muito tempo dominaram a política local, não conseguiram sustentar seu império político neste pleito. As décadas de hegemonia familiar chegaram ao fim, refletindo um cansaço do eleitorado com o domínio prolongado de um grupo sobre a cidade.
Em Jaru, a situação não foi diferente para os Muletas, outro clã tradicional que se viu derrotado nas urnas. A força histórica da família na política municipal não foi suficiente para vencer o desejo de renovação entre os eleitores.
Ariquemes, por sua vez, testemunhou a queda dos Amorins e do ex-governador Confúcio Moura, que não conseguiram manter sua influência sobre a cidade. Confúcio, que governou Rondônia e foi um dos principais nomes da política estadual, hoje apoiando Lula, viu seu grupo ser suprimido por novas forças políticas locais e a candidata a prefeita apoiada por ele, levou ‘tinta’ no pleito e foi derrotada.
Essas derrotas coletivas apontam para uma significativa renovação no cenário político de Rondônia. O eleitorado, cansado das velhas práticas e dinastias políticas, optou por apostar em novas lideranças, sepultando antigos grupos que, durante anos, dominaram suas regiões.
As eleições de 2024, portanto, não foram apenas uma escolha de novos prefeitos e vereadores, mas o marco de uma mudança profunda nas estruturas de poder do estado e na renovação com caras novas no poder.