Fundado em 11/10/2001
porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024
Priscilla já tinha anunciado a retirada do sobrenome, Alcantara, pelo qual ficou conhecida ainda criança, e avisado sobre uma nova "era". Antes mesmo do aviso, a cantora já indicava, ainda que timidamente, que uma transformação aconteceria cedo ou tarde, com trabalhos que flertavam com o pop.
Mas acabou sendo o visual, o cabelo curto e pintado de vermelho vibrante, exibido no início de novembro, que comoveu a tropa desavisada. E, como consequência, causou o rebuliço, principalmente entre os fãs antigos, que não contiveram as críticas, com frases do tipo "morreu para as coisas de Deus. E viveu para as coisas do mundo".
"É muito mais sobre o que representa uma pessoa como eu, saindo do lugar de onde saí, ter uma atitude como essa."
É fato que não é preciso dar muitas explicações sobre a trajetória da mulher de agora 27 anos, "faltando três para completar 30". Ela foi apresentadora do programa infantil "Bom Dia & Cia", do SBT, fincou o pé carreira musical e se tornou um dos maiores nomes dentro da música gospel.
De 2009 a 2018 foram cinco álbuns com o chamado "pop cristão", e com uma vantagem: Priscilla conseguia conversar com outros públicos também.
Com o álbum "Gente", de 2018, vieram os primeiros indícios da mudança que apontava para o caminho mais pop. Este ciclo se encerra agora de vez e começa outro, com o lançamento do single "Quer dançar", um feat com os funkeiros do Bonde do Tigrão, sucesso nos anos 2000.
Priscilla - Foi exatamente isso. Foi uma construção gradativa, muito a longo prazo. Já faz anos que eu venho desconstruindo a ideia de uma dicotomia artística que foi muito, e que ainda é, muito forte no nicho gospel. Dialoguei muito sobre isso.
Fiz trabalhos que manifestaram isso, enquanto estava lá, para hoje chegar nesse momento de "um bater de martelo" para mim e para o público. Mas foi algo feito numa construção muito sólida. Estou construindo isso em cima de uma base muito sólida. Por isso me sinto confiante.