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porto velho, quinta-feira 31 de julho de 2025
Deolane Bezerra rasgou o verbo ao expor o que chama de “assassinato de reputação” e uma sucessão de abusos cometidos no processo da Operação Integration, que resultou em sua prisão e na de sua mãe por 20 dias em setembro de 2024. Em uma live emocionada, a advogada fez acusações diretas à juíza Andreia Calado, da 1ª instância de Pernambuco, e criticou duramente a procrastinação da Justiça, que — segundo ela — se arrasta há quase um ano mesmo após quatro manifestações do Ministério Público e da Procuradoria-Geral de Justiça pedindo o arquivamento por ausência de crime.
“Fui presa por uma juíza incompetente. Quando não tinha nenhum parecer do MP, ela dizia que era competente. Agora que todos os órgãos reconheceram que não houve crime, ela se diz incompetente e joga o processo pra Justiça Federal. Incompetente agora?”, disparou.
A ex-Fazenda acusa a magistrada de agir com parcialidade, má-fé e perseguição calculada, afirmando que sua prisão teve caráter midiático e criminoso:
“Foi uma prisão regada de abuso de autoridade. Isso é crime. Me proibiram de falar, mas agora eu digo: fui presa junto com minha mãe por abuso de autoridade. E essa juíza omite decisões, ignora pedidos, e distorce os fatos para me prejudicar.”
Deolane se emocionou ao relatar o impacto psicológico da condução do caso e a frustração com o sistema judiciário:
“O que essa juíza está fazendo comigo e com a minha família não dá mais pra tolerar. É de uma covardia, de uma mentira, que eu comecei a vomitar de nervoso. Minha vida está nas mãos de alguém que não cumpre seu dever.”
Ela também agradeceu ao Ministério Público, ao Gaeco e à Procuradoria-Geral de Justiça por, finalmente, reconhecerem que não existe crime, e reforçou:
“Não é falta de prova, é ausência de crime. É isso que está nos pareceres. Eu fui usada pra dar mídia, pra criar um espetáculo. Não há uma linha contra mim. Tudo que houve foi quebra de sigilo fiscal, bancário… e nada apareceu.”
Visivelmente emocionada, a advogada prometeu que passará a falar todos os dias sobre o caso e apontou o delegado Paulo Gody como responsável por distorções no inquérito.
“Você, Paulo Gody, mentiu. Ludibriou a Justiça, o Ministério Público. Disse que eu comprei um carro em espécie, quando tenho todos os comprovantes. Disse que eu vendi o carro, mas o carro estava na minha casa. Disse que eu não tinha dinheiro, sendo que eu tinha mais de R$ 40 milhões declarados em uma única empresa.”
A influenciadora também desabafou sobre os danos causados à sua imagem:
“Na boca de vocês, eu serei a eterna ex-presidiária. É o que eu ouço, é o que eu leio 24 horas por dia. O que o Judiciário fez comigo foi um assassinato de reputação. E quem morre, ressuscita. Mas a ressuscitada nunca perde os adjetivos que carregou.”
Mesmo diante de teses jurídicas que poderiam anular o processo, Deolane disse que nunca quis se apoiar em falhas processuais. “Eu peço para os meus advogados não lutarem por nulidade. Sempre quis que fosse arquivado por ausência de crime. E é isso que o Ministério Público afirma.”