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porto velho, sábado 2 de agosto de 2025
O rapper Oruam foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por tentativa de homicídio qualificado contra policiais civis. A nova acusação se refere à reação violenta durante a operação realizada em sua residência, no dia 21 de julho, que terminou com sua prisão preventiva. A Justiça aceitou a denúncia nesta quarta-feira (30/7) e expediu um novo mandado de prisão contra ele.
Segundo o MP, o cantor e outras pessoas que estavam com ele lançaram pedras contra os agentes após a apreensão de um adolescente suspeito de envolvimento com tráfico de drogas e roubo de veículos. O jovem, conhecido como Doca, estava escondido na casa do artista. De acordo com a denúncia, as pedras lançadas do alto de uma varanda – a cerca de 4,5 metros de altura – chegaram a pesar até 4,85 kg e poderiam causar ferimentos letais.
Ainda conforme o documento, um dos policiais foi atingido nas costas e outro precisou se esconder atrás da viatura para evitar ser ferido. Para o MP, Oruam e os demais envolvidos assumiram o risco de matar os agentes e agiram com “meios cruéis e motivações torpes”, o que pode enquadrar o crime na Lei dos Crimes Hediondos.
O Ministério Público afirma também que, além de reagir à operação, o rapper incitou a violência contra a polícia em publicações feitas após o episódio. A promotoria considera o comportamento como agravante na denúncia.
Além da nova acusação, Oruam já responde por uma série de crimes relacionados à operação: tráfico de drogas, associação ao tráfico, resistência qualificada, desacato, ameaça, lesão corporal e dano qualificado.
O artista está preso desde o dia 23 de julho no Complexo de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio, onde permanece sob prisão preventiva. A decisão judicial também atinge Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira, amigo do rapper, que estava com ele no momento da ação e também teria participado da agressão aos policiais.
A defesa de Oruam ainda não se pronunciou sobre a nova denúncia.