PORTO VELHO RO - Em entrevista nessa segunda-feira (1º) ao Programa A Voz do Povo, apresentado pelo jornalista Arimar Souza de Sá na Rádio Caiari FM 103,1 e pela Antena FM em Rede Estadual, o senador Marcos Rogério (DEM) disse que a duplicação da BR 364 é um desafio que está sendo colocado em pauta entre a Comissão de Infraestrutura, à qual ele é presidente, e o Ministério da Integração.

“Nossa discussão está sendo sobre a concessão, à qual até concordo, desde que seja com a obrigação de fazer investimentos, o que é bem diferente da manutenção. Precisamos acabar de vez com este ‘estrangulamento’ de mortes e acidentes graves”, relatou.

Outra prioridade que está sendo tratada, segundo o senador, é a reabertura da BR 319, que liga Porto Velho à Manaus. No programa, ele anunciou que uma diligência na Rodovia, e uma vistoria na Ponte do Rio Abunã está marcada para acontecer até o final deste mês de abril, “com meta de concluí-la até o final deste semestre e inaugurar ainda no início do segundo”.

Uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa para tratar sobre os problemas em torno da capital também será realizada, adiantou Marcos Rogério. Entre os assuntos que estarão em pauta, ele mencionou os viadutos, a Ponte do Abunã. “Logo após esta Audiência, sairemos em diligência até Manaus junto com a comitiva e o ministro da integração”, afirmou, acrescentando que, “é importante registrar que há um determinação do presidente Bolsonaro que a 319 seja reaberta. O problema hoje é ambiental, enfrentado com os órgaos do setor que querem estabelecer regras como se fosse uma nova quando na verdade já existiu. Um excesso de cautela”.

Transposição, Lava Torga e Reforma 

Também no A Voz do Povo, o senador, que é relator de um processo de cassação, também fez esclarecimentos sobre legalidade dos processos de CPI e impeachment e alternância de poder, que, na opinião dele, “faz bem a democracia”; falou sobre a transposição, que conforme lembrou, está suspensa pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

“Mas esta semana a Transposição que voltará a ser tratada. Estamos colocando uma PEC à qual serei relator, e  que vai colocar fim a esta celeuma”, garantiu, complementando que, neste sentido, também atuará em favor dos trabalhadores pioneiros da Sucam, que lutam pelo reconhecimento no combate à Malária no desbravamento de Rondônia e sofreram consequencias no ofício da profissão.

Sobre não apoiar a Lava Torga, esclareceu que o cargo que ele ocupa nem sempre agrada a todos, “mas as escolhas que fazemos, são pensadas no Brasil. Neste momento precisamos primeiro que sair da crise econômica, e uma crise institucional afundaria o país ainda mais. Na hora certa enfrentaremos este problema”.

Sobre a Reforma da Previdência Marcos Rogério disse que a proposta não é perfeita, terá de sofrer reajustes, “mas é necessária”; e em relação ao reajuste da tarifa de energia no estado, assegurou que trabalhará para reduzir ainda mais, e foi taxativo “ainda é pouco”.

Governo Marcos Rocha

Ainda no programa, o senador foi instigado pelo apresentador a fazer uma avaliação sobre o Governo Marcos Rocha, e disse que “ainda não há o que avaliar, pois está nos primeiros meses de mandato. Mas faço votos que ele faça um bom Governo e já me coloquei à disposição para o que for necessário. Talvez pela falta de experiência tenha adotado um método quase que da negação da política que não funcione, mas vamos aguardar. Entretanto, tenho conviccção que o diálogo franco e de respeito entre os poderes é fundamental”, explanou, citando o filósofo Montesquieu: “só o poder, freia o poder” para reforçar que se o Executivo é um poder, o Legislativo também, e portanto, deve haver entendimento.