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porto velho, domingo 11 de maio de 2025
Os cortes eram previstos, mas o alto números de demissões no Vasco chamou atenção e dividiu torcedores e figuras importantes do clube. Com a meta de reduzir R$ 40 milhões em salários por ano (35% da folha salarial), 186 funcionários foram desligados do quadro do clube. Um planejamento que começou em janeiro e entrou em prática nesta sexta-feira. Colaboradores já temiam pela perda de seus respectivos empregos desde o início da semana e, quando a notícia se consumou, houve muita lamentação e críticas por parte destes, de opositores e até de apoiadores. Houve também elogios à medida drástica adotada.
O processo foi conduzido pelo CEO Luiz Mello, com as participações de todos VPs, especialmente Adriano Mendes, vice-presidente de finanças. Ao lado dos VPs gerais Carlos Osório e Roberto Duque Estrada, o presidente Jorge Salgado esteve presente nas reuniões e supervisionou o andamento, que teve a consultoria de uma empresa especializada.
Há menos de dois meses no poder, a nova cúpula do Vasco avaliou que seria necessária uma remodelação estrutural profunda para garantir a sustentabilidade nos próximos anos. Com ou sem rebaixamento o clube teria cortes. Mas a perda de receita por conta da queda para a Série B pesou e fez todo processo mais agudo e urgente. O Vasco calcula que deixará de arrecadar cerca R$ 100 milhões em 2021 por estar na Segunda Divisão.
Apesar do desligamento de quase 200 funcionários, o Vasco trata o pacote de medidas anunciado nesta sexta-feira como inédito, necessário e o primeiro passo para se reerguer financeiramente. Há anos em situação crítica, o clube tinha uma estrutura de custos sem receitas apropriadas, o que tornava a situação financeira permanentemente insustentável. A ideia foi cortar a própria carne para colher frutos mais à frente.