PORTO VELHO-RO: Potencialmente importante para se tornar um centro internacional, o complexo turístico da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, construído no século passado por operários, empreiteiros e engenheiros de todas as partes do mundo, segue de portas fechadas à sociedade, mesmo após receber ao longo dos últimos dez anos investimentos que ultrapassam os R$ 40 milhões.

O fato é que arengas entre grupos protetores da defesa do patrimônio histórico que defendem a restauração do espaço sem alterações em suas estruturas originais e o prefeito Hildon Chaves, que colocou em prática o projeto de transformar o local em um moderno centro turístico acabou provocando burocracias que entravaram o espaço.

Chaves passou a gestão do espaço para a empresa Amazonfort, antes disso a responsabilidade do complexo era do Governo Federal, que há muitos anos demonstrava falta de interesse na gestão desse espaço, entregando de muita boa vontade a cessão da EFMM à prefeitura de Porto Velho por longos 50 anos.

Porém, decidido a não injetar mais dinheiro público nesse projeto, Chaves concedeu o espaço ao grupo Amazonfort, que colocou em prática uma visão de estrutura turística ao modelo de vários espaços do mesmo seguimento espalhados pelo mundo, e quando estava pronto para abrir as portas veio o entrave, o contrato do Governo Federal com a prefeitura de Porto Velho não permitia esse tipo de cessão da EFMM.

A partir de então o caso está na Justiça, o local pronto para abrir as portas, e a população sem acesso a sua própria história.

Enquanto isso esse patrimônio da humanidade vai deteriorando sob as vistas grossas das autoridades de plantão.