Fundado em 11/10/2001
porto velho, domingo 24 de novembro de 2024
BRASIL: Dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostram que o país registrou 68.635 queimadas em agosto de 2024, o 5º pior mês da série histórica, iniciada em 1998. O índice foi o maior para o mês desde 2010, quando foram computados 91.085 focos de calor. No final de agosto, o Brasil contabiliza mais de 620 cidades em situação de emergência devido à falta de chuva e aos incêndios florestais. Isso representa 11% do total dos municípios do país.
A estiagem prolongada e possíveis ações ilegais, que estão sendo investigadas pela Polícia Federal, contribuíram para o aumento substancial das ocorrências. O índice deste ano representa um aumento de 144% em comparação a 2023, quando o país registrou 22.478 focos.
As autoridades estão reforçando o combate e a fiscalização nos principais biomas brasileiros, já que setembro costuma ser o mês com mais registros. No ano passado, foram 46.498 focos, mas o país já alcançou o índice de 141.220 focos no mês, em 2007.
Aproximadamente 4,5 milhões de pessoas estão diretamente afetadas. Os estados da região Norte apresentam os maiores índices de queimadas. Estima-se que a fumaça desses estados “viaje” para outras regiões do país.
As regiões que devem ser mais impactadas incluem Paraná, no Sul, e São Paulo, no Sudeste. Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina também podem sentir os efeitos da fumaça densa nas próximas semanas. Além disso, há preocupação com novas queimadas devido ao aumento esperado nas temperaturas em São Paulo.