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    porto velho, quinta-feira 28 de novembro de 2024

Presos são mais da metade dos brasileiros que vivem em domicílios coletivos, mostra IBGE

Em 2022, Sudeste reunia quase 250 mil pessoas que residiam em presídios; 96% da população das penitenciárias eram homens


R7

Publicada em: 06/09/2024 10:18:55 - Atualizado

BRASIL: O Brasil tem 837 mil pessoas morando em domicílios coletivos como penitenciárias, asilos, hotéis, pensões, alojamentos, clínicas psiquiátricas, abrigos e orfanatos. Desse total, 479.191 brasileiros, ou 57,2%, vivem em cadeias, centros de detenção ou similares.

O número representa 0,2% do total da população brasileira. Os dados são do Censo Demográfico 2022 – Tipos de domicílios coletivos, improvisados, de uso ocasional e vagos, divulgado nesta sexta-feira (6) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Para chegar a esse número, o IBGE classificou o detento como morador da penitenciária com alguma condenação ou se a detenção já durasse mais de 12 meses.

Segundo o levantamento, os domicílios coletivos são instituições ou estabelecimentos onde a relação entre as pessoas que neles se encontravam era regida por normas de subordinação administrativa.

Segundo o IBGE, o número de pessoas que vivem em penitenciárias, centros de detenção e similares mantém a liderança em cada unidade da Federação.

A região Sudeste reunia 52% (quase 250 mil pessoas) dos moradores de penitenciárias, superando a proporção da população brasileira que residia nessa região em 2022 (41,8%). O Nordeste, por sua vez, reunia 26,9% da população brasileira, mas apenas 16,5% dos moradores de penitenciárias e similares.

Recorte por sexo e idade

O estudo mostra que 96% da população das penitenciárias eram homens. Nas unidades de internação de crianças e adolescentes, esse número chegava a 96,2%.

Nas penitenciárias e similares, o grupo de idade mais comum, considerando intervalos de 10 anos, era a faixa entre 20 e 29 anos, com 40,7% dos moradores, seguida da faixa entre 30 e 39 anos, com 34,7%.



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