Em tempos de disputas políticas marcadas por rancores e vaidades, Rondônia foi surpreendida por um gesto raro: o reencontro entre o governador Marcos Rocha e seu vice, Sérgio Gonçalves, ambos do partido União Brasil. O fato aqui não se trata apenas de uma reconciliação pessoal, mas de uma demonstração inequívoca de espírito de grandeza dos dois líderes,  daquelas que ultrapassam os muros do Palácio Rio Madeira e ecoam no Estado de Rondônia, como sinal de maturidade política e compromisso com o povo que os elegeu.

É preciso superar mágoas e ter coragem para superar divergências. É preciso ter humildade para reconhecer que, acima de interesses individuais, está a responsabilidade de governar um Estado. Rocha e Sérgio entenderam que Rondônia não pode ser palco de pequenas disputas, mas sim de grandes soluções. Ao estenderem as mãos um ao outro, enviaram um recado direto: quem governa não tem o direito de se deixar aprisionar por vaidades ou ressentimentos.

A política rondoniense está acostumada a ver brigas internas virarem trincheiras intermináveis. Quantos projetos morreram no berço porque líderes não tiveram a grandeza de se unir a tempo em torno de um propósito maior?

Quantos avanços foram adiados pela mesquinhez travestida de disputa? Rocha e Sérgio, ao contrário, entenderam que Rondônia exige união, e que governar em paz é sempre mais revolucionário do que guerrear por espaços de poder.

Esse gesto não é um simples aceno para a fotografia ou prato de resistência para aqueles que adoram o circo pegar fogo. É um marco. Demonstra que, quando o interesse coletivo fala mais alto, até as diferenças mais duras podem ser superadas. Rondônia precisa dessa visão ampla, dessa capacidade de enxergar além do imediato, dessa postura de líderes que não se ajoelham diante das sombras da vaidade, das desavenças, do disse-me-disse e mágoa, mas se erguem com o peso da responsabilidade histórica.

É tempo de transformar esse espírito de grandeza em combustível para o futuro. O povo de Rondônia não deseja ver governantes brigando como gladiadores em arena para 'viralizar' na mídia, mas trabalhando lado a lado como construtores de um Estado forte, moderno e justo.

Marcos Rocha e Sérgio Gonçalves deram o exemplo. Que o gesto de reconciliação se transforme em legado, e que Rondônia seja, finalmente, maior do que qualquer disputa pessoal ou palco de interesses partidários mal resolvidos.