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    porto velho, segunda-feira 1 de setembro de 2025

Sem acordo, médicos anunciam greve e saúde pública de Rondônia pode parar

Até o fim de semana, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) ainda não havia se manifestado oficialmente...


Redação

Publicada em: 01/09/2025 08:47:14 - Atualizado


Imagem: uniaoquimica

PORTO VELHO - RO:  Depois de semanas de reuniões, promessas e contrapropostas que não saíram do papel, a saúde pública de Rondônia chega a um impasse. O Sindicato dos Médicos do Estado (Simero) confirmou que, a partir desta terça-feira, a categoria entrará em greve. A decisão foi tomada em assembleia e reflete o esgotamento do diálogo com o Governo, que, segundo o presidente do sindicato, Luiz Maiorquim, não apresentou nenhuma solução concreta e ainda sinalizou que os investimentos no setor poderão ser reduzidos a partir de 2026.

“Não houve avanço. O Governo deixou claro que não há propostas para a saúde. Diante disso, não restou alternativa senão a paralisação”, afirmou Maiorquim.

O cenário repete o clima de tensão vivido recentemente com a greve da educação, que só foi evitada após o Executivo ceder em parte às reivindicações do Sintero. Agora, no entanto, a crise se desloca para a saúde, com potencial impacto ainda maior, já que os atendimentos básicos e hospitalares podem ser comprometidos em todo o Estado.

Entre os planos do Governo, está em discussão a privatização de parte dos serviços de saúde e a construção do Hospital de Urgência e Emergência. Embora os projetos sejam apresentados como medidas de modernização, a falta de diálogo com os médicos e os salários considerados defasados pela categoria acirraram os ânimos e precipitaram a decisão de greve.

Até o fim de semana, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) ainda não havia se manifestado oficialmente. Em nota, o Simero reforçou que a paralisação “traduz a insatisfação generalizada da categoria e representa a única forma de pressionar o Governo a reconhecer a importância dos profissionais e a necessidade urgente de investimentos no setor”.

Se não houver acordo nas próximas horas, a saúde rondoniense começará a semana em compasso de paralisação.


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