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    porto velho, domingo 14 de setembro de 2025

Violência mergulha no Cai N’Água que se torna retrato do abandono e da insegurança

O ataque a tiros tirou a vida de Luciano Lopes Machado, de 53 anos, e deixou uma mulher e uma criança gravemente feridas...


Redação

Publicada em: 14/09/2025 12:28:43 - Atualizado

PORTO VELHO - RO -  A violência voltou a assombrar a região central da capital neste fim de semana. O bairro Cai N’Água, historicamente um dos pontos mais críticos da cidade e apelidado por muitos moradores de “portal da imundície portovelhense”, foi palco de mais um crime brutal na noite de sábado (13).

O ataque a tiros tirou a vida de Luciano Lopes Machado, de 53 anos, e deixou uma mulher e uma criança gravemente feridas. A cena de terror reforçou o clima de insegurança que domina a área, marcada pelo abandono do poder público municipal e pela ausência de uma política eficaz de segurança.

Para moradores, o episódio é apenas mais um capítulo de um problema crônico. “O Cai N’Água foi esquecido. Aqui falta iluminação, limpeza, policiamento. O crime se instalou e parece que ninguém se importa”, relatou um comerciante da região, que preferiu não se identificar.

A situação no bairro é vista como reflexo do descaso histórico do poder público. Ruas esburacadas, entulhos acumulados, esgoto a céu aberto e presença constante de usuários de drogas, além de urubus fazendo festa, formam o cenário do local. Especialistas alertam que, sem investimentos em urbanização e ações sociais, o ciclo de violência tende a se repetir, custando novas vidas.

Enquanto autoridades dormem no berço da inércia e promessas não são cumpidas, os moradores seguem convivendo com medo e revolta, transformando o Cai N’Água em símbolo do abandono que atinge toda Porto Velho.


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