PORTO VELHO (RO) – Está nas mãos do Ministro André Mendonça, a decisão para a possível prisão de um ‘Cidadão Rondoniense, trata-se do advogado Nelson Wilians, cujo o título lhe foi outorgado a menos de um mês pela Assembleia Legislativa de Rondônia.

Nelson Wilians, conhecido no país como o “advogado bilionário” — é agora também conhecido por ser alvo de uma decisão pesada da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS.

Na última quinta-feira (25), a CPMI aprovou não só a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Wilians (de 2019 a 2025), como também decidiu encaminhar ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de prisão preventiva contra ele. Segundo as investigações da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República, Wilians seria peça-chave em um suposto esquema de desvio de recursos que deveriam ir para aposentados e pensionistas do INSS.

Vale lembrar que, no início de setembro, o ministro André Mendonça, do STF, já havia negado um pedido de prisão preventiva, alegando que não havia elementos suficientes naquele momento. Agora, com o avanço das apurações, a pressão sobre o “cidadão rondoniense” aumenta – e, com ela, o constrangimento dentro da ALE-RO.

Nos bastidores, parlamentares ouvidos reservadamente dizem que a escolha foi um “erro de cálculo” e que a concessão do título, aprovada antes das revelações da CPMI, está se tornando um “mico político” difícil de justificar ao eleitorado. Há quem defenda que a Casa Legislativa deveria, no mínimo, anular a honraria e rever seus critérios para homenagens desse tipo – sob pena de transformar a honraria máxima do parlamento em piada pronta.