Fundado em 11/10/2001
porto velho, segunda-feira 6 de outubro de 2025
RONDÔNIA - A batalha de uma mãe para garantir o direito à saúde da filha de 12 anos tem chamado atenção em Rondônia. Diagnosticada com escoliose progressiva, doença que fez a coluna atingir uma curvatura de 52 graus — considerada grave —, a adolescente Sophia Laborda enfrenta dores constantes e limitações no dia a dia.
Segundo a mãe, Lidiane Laborda, já foram feitas quatro tentativas de atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas não há especialistas disponíveis para o caso no estado. A família chegou a ganhar duas ações judiciais, mas o governo recorreu, prolongando o sofrimento da menina.
A cirurgia necessária só foi indicada na rede particular e tem custo estimado em R$ 260 mil, valor fora da realidade da família. Para tentar viabilizar o procedimento, foi lançada uma campanha de arrecadação.
Além da escoliose, Sophia também tem diagnóstico de transtorno do espectro autista (TEA) e utiliza medicamentos controlados, o que limita o uso de analgésicos convencionais. O colete ortopédico prescrito para conter o avanço da doença já não serve mais, agravando o quadro clínico.
Médicos explicam que a escoliose idiopática, de origem genética e rara, costuma surgir durante a fase de crescimento, podendo evoluir de forma silenciosa. Quando ultrapassa 40 graus de curvatura, a cirurgia é a única alternativa eficaz, devendo ser realizada em centros especializados, com equipe multidisciplinar.
A família segue aguardando posicionamento do Governo de Rondônia e reforçando o apelo para que a adolescente consiga o tratamento adequado antes que a doença avance ainda mais.