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    porto velho, segunda-feira 10 de novembro de 2025

Emagrecimento sem controle aumenta casos de complicações em Porto Velho

Médicos alertam ainda para os casos de hepatite medicamentosa, cada vez mais comuns em pacientes que...


Redação

Publicada em: 10/11/2025 09:46:18 - Atualizado

Foto: Shutterstock

PORTO VELHO-RO: A obsessão pelo emagrecimento rápido está se tornando uma perigosa epidemia em Porto Velho. Farmácias da capital têm registrado um aumento expressivo na procura por medicamentos como o Munjaro — muitas vezes vendidos sem receita médica e sem a devida fiscalização dos órgãos competentes. A busca desenfreada por resultados imediatos, sem orientação profissional, tem levado centenas de pessoas a colocar a própria saúde em risco.

O medicamento, que deveria ser usado apenas sob prescrição e acompanhamento rigoroso, passou a ser visto como “solução milagrosa” para a perda de peso. No entanto, segundo especialistas, o uso indiscriminado pode provocar sérios efeitos colaterais: ansiedade, problemas cardíacos, insônia, alterações de humor, comportamento agressivo e até surtos de confusão mental. Há também relatos de transtornos psiquiátricos mais graves, como delírios e alucinações visuais e auditivas.

Médicos alertam ainda para os casos de hepatite medicamentosa, cada vez mais comuns em pacientes que recorrem a substâncias emagrecedoras sem acompanhamento clínico. “É um quadro grave e silencioso, que pode comprometer o fígado de forma irreversível. Muitos chegam ao consultório apenas quando já apresentam sintomas avançados”, explicam endocrinologistas e hepatologistas que atuam na capital.

Além dos riscos do uso de medicamentos, a combinação de dietas radicais e práticas amadoras — como jejum prolongado, cortes abruptos de refeições e o uso simultâneo de fórmulas manipuladas — agrava o quadro e pode gerar distúrbios hormonais e metabólicos.

O apelo pela estética e pela pressa em perder peso, aliado à facilidade de compra e à propaganda nas redes sociais, transformou-se em um problema de saúde pública. Especialistas reforçam que emagrecer com segurança exige acompanhamento médico, alimentação equilibrada e orientação profissional — e não a dependência de medicamentos que prometem resultados rápidos, mas cobram caro da saúde.


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