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Soldado da PM denuncia coronel por assédio sexual e ameaça e estupro

O homem, comandante do Batalhão da Zona Sul de São Paulo, teria iniciado as investidas em 2018.


uol

Publicada em: 27/04/2021 20:06:36 - Atualizado

BRASIL: A soldado Jessica Paulo do Nascimento, de 28 anos, fez uma denúncia contra um tenente-coronel à Corregedoria da Polícia Militar por assédio sexual e ameaça de estupro e morte. O homem, comandante do Batalhão da Zona Sul de São Paulo, teria iniciado as investidas em 2018. 

O comandante é acusado de enviar mensagens e áudios com palavras de baixo calão e propostas indecorosas, além de ter praticado episódios de humilhação em frente aos colegas da mulher, hoje lotada no 45° Batalhão da Polícia Militar do Interior (BPM/I) em Praia Grande, no litoral de São Paulo.

Jessica ingressou no quadro da PM em 2013. Ela declarou nunca ter vivido problemas com colegas ou superiores até que, em 2018, um novo comandante assumiu o Batalhão da Zona Sul de São Paulo. "Eu trabalhava em uma outra companhia na época, não ficávamos no mesmo local. Só fui conhecê-lo no dia em que ele veio visitar a minha companhia, para se apresentar e conhecer o efetivo".

Jessica conta que os assédios tiveram início no mesmo dia. Segundo ela, assim que a avistou, o tenente-coronel se aproximou, trocou algumas palavras superficiais e convidou-a para sair. "Tentei ser educada, expliquei que era casada, tinha filhos, mostrei a minha aliança. Hoje eu vejo como era inocente. Por que, a partir dali, começou a perseguição contra mim. Como eu não cedia e percebi que ele não ia desistir, fui fazer o teste para o Corpo de Bombeiros, queria sair de onde estava. Mas ele me sabotou, não permitiu. E o pior, quando soube que eu queria sair da companhia, exigiu minha transferência para um batalhão que fica a 40 quilômetros da minha casa. Mesmo sabendo que eu tinha dois filhos bebês.

Um tempo depois, já cansada da perseguição, a soldado contou tudo ao capitão da 1a. Companhia. Ele a orientou a pegar um atestado de 6 meses, para garantir o seu afastamento por instabilidade emocional e ficar longe das investidas do comandante. "Mas não adiantou. No início de 2019, solicitei uma licença não remunerada de dois anos. Sugeri então ao meu marido que procurássemos um outro lugar para viver. Assim, viemos para a Praia Grande, para onde ele conseguiu se transferir. Mudei meu número de telefone e tudo parecia estar bem".


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