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porto velho, sábado 5 de julho de 2025
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, subiu 1,14% em setembro, após ter avançado 0,89% em agosto, informou nesta sexta-feira, 24, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Foi a maior alta para meses de setembro desde 1994, quando, ainda no início da implantação do Plano Real, o IPCA-15 subiu 1,63%.
O resultado ficou no teto das estimativas do mercado financeiro, consultadas pelo Projeções Broadcast, que variavam de 0,90% a 1,14%.No ano, o IPCA-15 tem aumento de 7,02% e supera os 10% no acumulado em 12 meses (10,05%). No acumulado em 12 meses, a taxa de setembro é a maior desde fevereiro de 2016, quando foi de 10,84%.A alta nos preços dos combustíveis e da energia elétrica puxou o resultado do IPCA-15 de setembro. Sozinhos, a gasolina (com alta de 2,85%) e a energia (alta de 3,61%) foram os itens com maior impacto no indicador, contribuindo com 0,17 ponto porcentual.
O grupo transportes registrou alta de 2,22% no IPCA-15 de setembro, contribuindo com 0,46 ponto. Os combustíveis como um todo ficaram 3,0% mais caros em setembro, acelerando a variação na comparação com os 2,02% do IPCA-15 de agosto. Com a alta de 2,85% em setembro, o preço médio da gasolina já acumula um salto de 39,05% nos últimos 12 meses.
Os demais combustíveis também apresentaram altas no IPCA-15 de setembro: etanol (4,55%), gás veicular (2,04%) e óleo diesel (1,63%).Os problemas de escassez de insumos nas cadeias produtivas da indústria automotiva também afetaram a inflação: somados, os automóveis novos (alta de 1,70%), os automóveis usados (1,34% mais caros) e as motocicletas (avanço de 1,04%) contribuíram com 0,08 ponto porceuntual no IPCA-15 de setembro.
Produtos e serviços do mundo automotivo também ficaram mais caros. Foi o caso do seguro voluntário de veículo (3,08%), do óleo lubrificante (2,37%), do pneu (1,88%) e do conserto de automóvel (0,81%).