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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
Imagem: shutterstock.com
O planeta enfrenta graves problemas ambientais relacionados não só à escassez de recursos naturais, mas também os graves impactos causados pela poluição. Um dos maiores agravantes desse quadro é a enorme produção de resíduos sólidos gerados por praticamente todas as atividades humanas modernas.
A diminuição da produção de resíduos é uma meta mundial: até 2030, a União Europeia pretende que seus países alcancem os impressionantes 70% de reciclagem de todo o seu lixo municipal e 80% das embalagens plásticas. No Brasil vigora, desde 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei Nº 12.305/2010,em que se classifica como crime ambiental “o lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em lei ou regulamentos” (Art.57).
Por isso, empresas devem seguir à risca um plano eficaz de gerenciamento de resíduos sólidos, sejam eles recicláveis, orgânicos ou rejeitos.
Como funciona o gerenciamento de resíduos sólidos para empresas?
O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) é um conjunto de ações respaldado por documentos de valor jurídico, de responsabilidade das empresas e do poder público. Em linhas gerais, as empresas devem adotar e comprovar uma série de medidas para a redução, tratamento e destinação adequada dos resíduos decorrentes de suas atividades.
Um PGRS deve elaborar e adotar uma série de procedimentos que envolvem recursos humanos, materiais e tecnológicos voltados a diminuição, triagem, manejo, armazenamento, tratamento e transporte de todos os resíduos gerados na empresa, do início ao fim de sua cadeia produtiva. Para isso são necessários investimentos em treinamentos, consultoria técnica especializada e recursos para planejar e tratar adequadamente esses resíduos de acordo com as atividades realizadas.
Por exemplo, o tratamento mais comum do lixo hospitalar é sua incineração, enquanto indústrias químicas precisam de toda uma estrutura complexa de tratamento dos rejeitos, que podem incluir serviços especializados de armazenamento e logística desses materiais.
Além de promover a redução do impacto dos resíduos sólidos no meio ambiente, estas ações também visam promover a redução da geração de lixo, combate ao desperdício de materiais, diminuição da poluição em todo o processo produtivo e estimular ao máximo a reciclagem.
Atualmente no Brasil, há um mercado para uma enorme gama de materiais descartados que, além de gerar a inclusão social de trabalhadores informais como catadores e impulsionar cooperativas, também movimenta um setor especializado em serviços de coleta e reaproveitamento de resíduos sólidos, formado por profissionais de todos os níveis, como técnicos e engenheiros aptos a lidar com todos os aspectos operacionais e burocráticos da atividade.
Em muitos casos, a parceria com essas empresas pode gerar receita através da venda materiais recicláveis, como, por exemplo, sucatas, plásticos, papéis e papelão, vidros, metais, borrachas e insumos químicos.
A adoção da PGRS pelas empresas de todos os ramos é, portanto, uma medida indispensável para o cumprimento das leis ambientais, assim como uma iniciativa importante para a redução dos danos ao meio ambiente, fomentação do mercado de recicláveis e tratamento e a promoção de melhorias sociais em conjunto com políticas sustentáveis.