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    porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024

MP/RO recomenda nova eleição do Conselho Estadual de Saúde

Descumprimento segundo o MP foi feito pela atual diretoria que tem presidente atual no terceiro mandato


MPRO

Publicada em: 06/02/2019 10:22:03 - Atualizado

RONDÔNIA - O Ministério Público do Estado de Rondônia, por meio da Promotoria de Justiça da Defesa da Saúde, esclareceu nessa terça-feira (5) que a recomendação expedida ao Conselho Estadual de Saúde e respectiva Mesa Diretora, no último dia 8 de janeiro, para que realizasse reunião extraordinária e deliberasse quanto à convocação de eleições, teve em vista o apurado nos autos do procedimento 2018001010076310, de que no referido Conselho não tem ocorrido a devida alternância do Poder, o que, em tese, se mostra prejudicial à gestão democrática e à efetiva fiscalização das ações de saúde, além de estar em desacordo com a Legislação que regulamenta a eleição e o exercício dos mandatos no âmbito dos Conselhos de Saúde.

O Regimento Interno do Conselho Estadual de Saúde dispõe que os mandatos pertencem às entidades representativas, as quais terão mandados de três anos, permitida a recondução, e que os conselheiros e seus suplentes poderão cumprir até dois mandatos consecutivos, ou seja, no máximo seis anos. No entanto, o atual presidente do Conselho Estadual de Saúde encontra-se no exercício do terceiro mandato.

O MP esclarece que não condiz com a verdade dos fatos, nota publicada no site da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam), no dia 31 de janeiro de 2019, de que a recomendação trata-se de uma perseguição do Ministério Público à entidade por causa de seu posicionamento contrário à implantação das Organizações Sociais (OSS) no âmbito do município de Porto Velho. 

O MP ressalta, em primeiro lugar, que o Conselho Estadual não têm competência para deliberar em questões afetas à saúde nos municípios e que foi o próprio Ministério Público do Estado, atuando de ofício, em conjunto com os Ministérios Públicos de Contas, do Trabalho e Federal, que emitiu, em maio de 2018,a Notificação Recomendatória n. 01/2018/MPE/MPC/MPT/MPF ao prefeito Hildon de Lima Chaves, considerando a intenção do município de Porto Velho de transferir parte da gestão dos serviços de saúde pública para Organização Social. 

A Notificação Recomendatória visou prevenir prejuízos irreversíveis à política do Sistema Único de Saúde, uma vez que deve ser demonstrado pelo poder público o nexo de causalidade e não a mera conveniência da transferência do serviço público de saúde para a iniciativa privada, garantindo a economicidade e eficiência, com transparência dos serviços e prevenção de fraudes na gestão.



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