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porto velho, quinta-feira 28 de novembro de 2024
PORTO VELHO RO - Na comemoração dos 11 anos do aniversário da 18ª Turma de ingresso à carreira da magistratura do Poder Judiciário de Rondônia, a Ameron parabeniza aos magistrados pela dedicação e o comprometimento com a Justiça, fazendo valer os direitos dos cidadãos rondonienses. Foi no dia 01 de agosto de 2008 que a vida de quinze novos integrantes da Justiça iria mudar completamente, primeiro veio o juramento e em seguida a assinatura do termo de posse como juiz. Na época a presidência do TJRO era ocupada por uma mulher, a desembargadora Zelite Andrade Carneiro, que dava boas-vindas aos novos magistrados da Justiça rondoniense.
Na nova turma que acabara de ingressar no Poder Judiciário de Rondônia, estava a paranaense de São Mateus do Sul, Cláudia Vieira Maciel de Sousa, que veio para Rondônia com a família aos três anos. A magistrada cresceu na cidade de Presidente Médici, mas foi em Ji-Paraná que iniciou os estudos em Direito e, depois da graduação especializou-se pela Escola da Magistratura de Rondônia (onde atualmente é professora de Processo Penal I). Atuou como assessora de juiz por quase três anos e, ao ver a abertura do edital para concurso de juiz, enxergou a oportunidade de exercer a carreira dos sonhos no Estado que acolheu sua família. “A data é muito significativa para todos. Para mim, foram cinco anos de estudos e, ao rememorar o esforço e todos os sacrifícios empreendidos, sou imediatamente agraciada com a alegria da conquista e a satisfação de cumprir o sonho”, lembra a magistrada que iniciou a trajetória como juíza substituta em Porto Velho. A titularização veio com a comarca de São Francisco do Guaporé, tendo ainda exercido em Santa Luzia do Oeste, Ariquemes e, há quatro anos, está na Vara Criminal e Execuções de Pena de Rolim de Moura onde coordena o Projeto Kaspar - destinado aos reeducandos que cumprem pena de limitação de final de semana, aos condenados por crimes que envolvem violência no âmbito familiar e aos reeducandos do regime semiaberto e fechado.
Um jovem de apenas 29 anos que já lecionava nas faculdade particulares em São Paulo, também ingressava na magistratura. O juiz Rogério Montai de Lima ainda guarda na memória o sabor inigualável da posse. “Hoje completo 11 anos na Magistratura. Nesse dia eu realizava um sonho antigo - o de ser Juiz de Direito. O melhor é que de lá para cá a Toga me parece cada vez mais leve”. O juiz Rogério Montai de Lima está lotado há dois anos na comarca de Ouro Preto do Oeste e neste momento de comemoração equilibra a euforia do sonho conquistado com as responsabilidades pertinentes ao cargo. “Que Deus me dê lucidez, humanidade, paciência, humildade e saúde e continue a iluminar minhas decisões para que eu erre cada vez menos e cumpra meu papel constitucional de ajudar a construir uma sociedade mais justa, humana e fraterna. Não há um dia sequer que eu não tenha pedido a Deus para abençoar minhas decisões e que injusto não seja aquilo que eu venha a decidir. E sendo, que haja tempo para corrigir”, complementa.
Ariquemes, Costa Marques e Rolim de Moura foram algumas comarcas que receberam a prestação dos serviços jurisdicionais da juíza Cláudia Mara da Silva Faleiro Fernandes, uma década depois da posse, a magistrada relembra com carinho dos primeiros passos na magistratura. “O meu coração se enche de uma imensa gratidão a Deus por me ter permitido ingressar na carreira da magistratura do TJRO, local onde já trabalhava como assessora do desembargador Paulo Kiyochi Mori, com quem aprendi muito, ensinamentos que muito me auxiliaram e auxiliam no exercício da judicatura. Depois de decorrido onze anos da minha posse, vejo que todas as dificuldades enfrentadas para conciliar trabalho, estudo, casa, filha e esposo valerem, até porque nada conseguimos sem esforço e dedicação. Na magistratura as lutas e dificuldades não terminam com a posse, elas passam a ser outras, como substituta, trabalhei na seção judiciária de Ariquemes, a qual pertence as comarcas de Machadinho do Oeste, Jaru, Buritis e a sede, nessa época vivia em hotéis, pois cada dia estava em uma cidade, e, muitas das vezes no mesmo dia de manhã realizava audiência em uma e a tarde em outra; novamente privando a convivência com a filha e o esposo”, destaca a juíza que hoje atua na comarca de Ariquemes.
A 18ª Turma da magistratura do Poder Judiciário de Rondônia também tinha outro jovem promissor da carreira jurídica, João Valério da Silva Neto, que ficou conhecido nacionalmente por ter sido um dos pioneiros a utilizar as novas ferramentas tecnológicas a favor do Judiciário, quando em 2014, intimou uma das partes no processo pelo aplicativo de trocas de mensagens instantâneas, Whatsapp. “Meu Pai me passou um recorte de jornal com o anúncio do Concurso para a Magistratura, pois era sonho dele ter um filho juiz. Inicialmente respondi que queria ser Promotor e ele me disse que eu nasci para ser Juiz. Fiz minha inscrição pois já vinha estudando e participei do certame vindo a ser aprovado e depois de 11 anos passando por Costa Marques, São Francisco, São Miguel do Guaporé e muitas outras Comarcas meu pai que já partiu tinha razão, pois amo a magistratura, eu nasci pra ser juiz”, conta emocionado e com saudosismo.
No XVIII Concurso para a carreira da magistratura foram 20 aprovados, mas apenas 15 chegaram a ser empossados, são eles: Karina Miguel Sobral, Paulo José do Nascimento Fabrício, Alex Balmant, João Valério Silva Neto, Eli da Costa Júnior, Bruno Magalhães Ribeiro dos Santos, Elisângela Frota Araújo, Luis Marcelo Batista da Silva, Cláudia Mara da Silva Faleiro Fernandes, Cláudia Vieira Maciel, Rogério Montai de Lima, Michiely Aparecida Cabrera Valezi, João Corrêa de Azevedo, Leonardo Meira Couto e Kelma Vilela de Oliveira.