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porto velho, terça-feira 12 de novembro de 2024
CEREJEIRAS, RO: A madrasta acusada de matar o enteado identificado como Alfredo, de dois anos, e jogar o corpo em um poço no município de Cerejeiras (RO), foi condenada nesta quinta-feira (07), a 34 anos e seis meses de prisão.
O crime ocorreu em fevereiro deste ano e a irmã do garoto foi a principal testemunha de acusação.
Vera Lúcia, de 45 anos, foi condenada pelo crime de homicídio doloso, com qualificadoras de motivo fútil e uso de meio cruel, além de ocultação de cadáver. O crime foi agravado pela impossibilidade de defesa da vítima menor de 14 anos. De acordo com a sentença, após cometer o crime, a ré ainda teria tapado o poço para esconder o corpo.
A condenação levou em consideração o depoimento da irmã da vítima, que relatou que tanto ela quanto o irmão eram frequentemente agredidos pela madrasta na ausência do pai. No dia do desaparecimento, a menina contou que a madrasta levou os dois para um sítio e pediu que ela fosse buscar limões. Antes disso, a mulher teria deixado Alfredo próximo ao poço, mas quando a menina retornou, não encontrou o irmão.
Segundo a testemunha, a madrasta agredia Alfredo com frequência antes do banho e o repreendia, dizendo que ele era "teimoso". A garota também afirmou que ouviu a mulher dizer ao telefone que "iria tirar a vida da criança".
Após a sentença ser decretada, Vera Lúcia foi levada para a Cadeia Pública de Colorado do Oeste (RO), onde cumprirá a pena inicialmente em regime fechado.
Entenda o caso
Alfredo, de dois anos, foi encontrado em um poço com cerca de 10 metros de profundidade, em fevereiro de 2024, na zona rural de Cerejeiras (RO). A madrasta, foi presa em flagrante por ocultação de cadáver.
De acordo com a Polícia Civil, o desaparecimento da criança foi inicialmente tratado como um caso de pessoa desaparecida. Durante as buscas, o corpo foi localizado no poço, já em estado avançado de decomposição, indicando que a criança estava lá há vários dias.
O exame tanatoscópico revelou que Alfredo foi jogado vivo no poço e morreu por afogamento, caracterizado como asfixia mecânica por meio líquido. Apesar do estado do corpo, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou a causa da morte.
O corpo foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros e entregue às autoridades para análise. A investigação apontou que o crime foi premeditado, com a madrasta agindo de forma fria e cruel.