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    porto velho, quarta-feira 28 de maio de 2025

Vilhenenses se reinventam como empreendedoras, conquistam clientes e garantem renda

Duas mulheres encararam o desafio de viver sem carteira assinada


FOLHA DO SUL ONLINE

Publicada em: 17/12/2020 10:39:19 - Atualizado


INTERIOR - A fim de driblar a crise e o desemprego em meio a pandemia, vilhenenses têm apostado na produção caseira de doces e salgados para gerar renda, muitas vezes maiores do que muitos trabalhos formais.

Pra não deixar a "peteca cair" diante do desemprego, Patrícia Bibiano, que foi uma das colaboradoras da empresa onde trabalhava a ser dispensada no corte habitual de final de ano, viu na produção de bolos, doces e salgados caseiros, uma saída, uma vez que pouco tempo depois de sua demissão, teve início a pandemia e os caminhos para os trabalhos formais se estreitaram.

Com o "não" garantido, Patrícia foi em busca do tão sonhado "sim" e passou a produzir na cozinha de casa, guloseimas que, a princípio, vendia para familiares e irmãos de congregação.

Apesar de saber que o ramo é disputado, Patrícia não desistiu e conquistou sua clientela. Hoje, a moradora do bairro Cidade Verde III, não pensa em retornar ao mercado de trabalho com carteira assinada, uma vez que trabalhando por conta própria consegue garantir um faturamento superior ao que tinha antes de ser demitida e também tem a possibilidade de cuidar de sua saúde, já que possui sérios problemas de coluna, que a impossibilitam exercer determinadas funções.

"Devido a minha coluna, acabei convidando minha irmã para trabalhar comigo, pois não é porque tenho minhas dores que vou deixar minhas clientes na mão e parar o negócio. Com isso, ela também pode ter uma fonte de renda segura", relatou a doceira. Patrícia afirmou ainda que o segredo é respeitar o espaço das outras empreendedoras e não tentar "roubar” cliente: "há espaço para todos e o respeito é essencial nesse ramo".

Já Gizélica Silva de Abreu Nunes, mais conhecida como "Gi Nunes" moradora do mesmo bairro que Patrícia, tem como foco principalmente a produção de bolos decorados e resolveu entrar no ramo "de cabeça", após receber elogios de familiares e amigos, quando produzia para as confraternizações.

Apesar de afirmar que leva tempo para conquistar uma clientela fixa e poder viver só das produções caseiras, uma vez que os primeiros lucros são para investimento em materiais e produtos de boa qualidade, "Gi" relatou que vale a pena e hoje não pensa em empregos formais.

"Gi", que se reinventa nas datas comemorativas para chamar a atenção dos clientes, afirma que com a pandemia o ramo cresceu muito, porém, há espaço para todos.

"Quando você conquista o cliente ele não muda para outro fornecedor, porém, é preciso ter compromisso", afirmou "Gi".

Alavancadas pelas restrições e pela demanda do delivery que cresceu cerca de 80% no município durante a crise sanitária, as produções de bolos e doces caseiros tem se tornado uma ótima opção de renda para que possu dotes culinários de dar "àgua na boca".


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