Fundado em 11/10/2001
porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
BRASIL-O juiz Vítor Gambassi Pereira, da 23ª Vara Cível de São Paulo determinou a apreensão e bloqueio do passaporte e da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) de Marcelinho Carioca. A decisão foi tomada em virtude de uma dívida que o ex-jogador tem com o Hospital Sírio Libanês, referente a um atendimento à mãe do ex-atacante, Sueli Pereria da Silva.
De acordo com o juiz, em 2011, Marcelinho foi condenado a pagar R$1.465,82. Como ele não quitou a dívida, atualmente, com correções monetárias, o valor chega a R$ R$ 143.211,43. Ele alega que não tem como pagar a dívida.
Marcelinho apresenta programa na Rádio Marcelinho Carioca, ligado a Rádio TOP FM e a Justiça determinou a retenção de 30% dos valores líquidos recebidos pelo ex-jogador. No entanto, a empresa alegou que ele não é e nunca foi funcionário da empresa.
Gambassi afirmou que à apreensão e bloqueio de CNH e passaporte não é comum em casos como esse. Mas ele determinou pois "no presente caso, há fortes indícios de que o devedor, famoso ex-jogador de futebol, esteja ocultando patrimônio."
O juiz explica que a suposta ocultação de bens se dá por meio da consulta das redes sociais do jogador. "Com efeito, em consulta a sua rede social no Instagram (@marcelinhocariocaoficial), observa-se que o devedor desfruta de ótimo padrão de vida e permanece profissionalmente ativo como comentarista de futebol."
Um dos motivos para Marcelinho não pagar a conta é que ele é um jogador de futebol aposentado e não tem renda. Gambassi explica, mas uma vez com base nas redes sociais do ex-corintiano.
"Há referências em suas postagens à Radio MC7 - Rádio Marcelinho Carioca e ao Instituto Marcelinho Carioca e, há sete dias, publicou vídeo em frente a uma aeronave com a legenda "Continuação da Resenha com os Craques"." No final do mês de fevereiro esteve em Natal e foto com a legenda: "Descanso, amigos e reflexão em Natal. Voltando hoje cheio de força e alegria pra jornada esportiva...", ou seja, o executado efetivamente trabalha (e, presumivelmente, aufere renda, dado que dificilmente, por se tratar de personalidade esportiva, cederia, e não venderia, sua força de trabalho)."
O juiz ainda afirma que a dívida não é paga, porque Marcelinho não quer. "Em mais de um vídeo se vê o executado conduzindo luxuoso automóvel branco, sempre feliz e sorridente. Como se vê, o executado não paga porque não quer. Não propõe acordo porque não quer e, assim, transcorreu mais de uma década de trabalho árduo do exequente em busca de bens do devedor."
Tanto a Polícia Federal, quanto o DETRAN devem ser notificados da decisão. Marcelinho pode recorrer da determinação do juiz.
A reportagem do R7 procurou o Marcelinho Carioca e a advogada dele, citada pelo juiz, e não obteve resposta.