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    porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024

Acusado de mandar matar a companheira e executores vão a júri, em Porto Velho

A motivação de Laci seria torpe, pois não queria dividir os bens com a companheira.


MPRO

Publicada em: 23/06/2023 16:49:53 - Atualizado


RONDÔNIA - Três homens envolvidos em um feminicídio, ocorrido em 11 de setembro de 2021, na Vila da Penha, Zona da Mata, distrito de Abunã, Porto Velho-RO, foram a júri popular nessa quinta-feira, 22 de junho, no 1º Tribunal do Júri da capital. Laci Rigotti, acusado de mandar matar a mulher, Siméria Felício, José Sinis Figueiredo (Zezinho) e Norival Retameiro de Souza Filho (Neném), acusados de executarem a vítima mediante contrato firmado com o marido, foram condenados pelo corpo de jurados. Laci recebeu pena de 22 anos e 6 meses de prisão, Já os executores, Zezinho, 20 anos e Neném, 18 anos de reclusão.

Siméria foi morta com três tiros durante uma emboscada em um matagal na propriedade do casal. O próprio marido a teria levado para o local, com a desculpa que queria fazer xixi, para que os empregados, mediante promessa de recompensa financeira, a matassem. A vítima morreu com três tiros na cabeça, o que, segundo argumentou o Ministério Público, demonstrou a clara intenção de executá-la.

Outro aspecto que teria levado a polícia a chegar até os acusados foi o fato do marido ter agido com frieza, conforme demonstraram os relatos de testemunhas, ao informar um suposto latrocínio.

A motivação de Laci seria torpe, pois não queria dividir os bens com a companheira. O crime, portanto, teria sido cometido em um contexto de violência doméstica e familiar, sem chance de defesa da vítima, com a agravante de dissimulação do acusado.

O júri foi presidido pelo juiz Áureo Virgílio Queiroz. Na acusação, a promotora Tâmera Padoin Marques Marin e os advogados assistentes Rooger Rodrigues e Vinicius Novaes de Aguiar. Na defesa dos acusados atuaram os advogados Marcos Antônio Vilela de Carvalho, Harlei Nobre de Souza, Francisco Sábio Araújo de Figueiredo, José Maria de Souza Rodrigues e Caio Nobre Vilela.


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