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Defesa de Monique Medeiros, do caso Henry, recorre ao STF contra nova prisão

Defesa de Monique Medeiros, do caso Henry, recorre ao STF contra nova prisão


Noticias ao Minuto

Publicada em: 07/07/2023 16:15:49 - Atualizado


BRASIL -A defesa de Monique Medeiros, acusada de matar o filho Henry Borel, recorreu hoje ao STF (Supremo Tribunal Federal) para revogar o restabelecimento da prisão, determinado pelo ministro Gilmar Mendes. Ela voltou a ser presa nesta quinta-feira (6).

O recurso foi apresentado hoje pelos advogados de Monique diretamente à presidente da Suprema Corte, ministra Rosa Weber.

Entre os argumentos apresentados na peça, os advogados definem como "notícias falsas" a alegação de que ela teria descumprido medidas cautelares, incluindo o acesso a redes sociais.

As postagens seriam de "terceiros apoiadores" que, segundo a defesa, "entendem as aflições que a paciente tem sofrido de forma injusta".

Outro argumento utilizado pelos advogados é de que o pai de Henry, Leniel Borel, não poderia ser autor do pedido de restabelecimento da prisão, já que também é assistente de acusação do caso.

NOVA PRISÃO:

O ministro do STF Gilmar Mendes determinou na quarta-feira (5) a volta de Monique Medeiros à prisão.

Mendes analisou um recurso de Leniel Borel de Almeida Júnior, pai de Henry, que é contra manter Monique em liberdade. A ré foi solta em agosto de 2022, três dias após o STJ (Superior Tribunal de Justiça) revogar a prisão preventiva dela.

Na decisão, o ministro do STF declarou que o "acórdão recorrido desconsiderou diversos elementos concretos que ampararam a imposição da prisão preventiva pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro". Monique é acusada da morte de Henry juntamente com o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Jairinho.

RELEMBRE O CASO:

Os laudos periciais apontaram 23 lesões no corpo do menino, e indicaram que Henry morreu em decorrência de hemorragia interna e laceração no fígado causada por ação contundente.

O casal foi preso em 8 de abril de 2021. Em 6 de maio de 2021, o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) denunciou Jairinho por homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunha. Monique foi denunciada pelos crimes de homicídio triplamente qualificado na forma omissiva, tortura omissiva, falsidade ideológica e coação de testemunha.

"O crime de homicídio foi cometido por motivo torpe, eis que o denunciado decidiu ceifar a vida da vítima em virtude de acreditar que a criança atrapalhava a relação dele com a mãe de Henry", afirmou o promotor de Justiça Marcos Kac, no texto da denúncia.


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