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Flordelis e os demais acusados por crime podem ir a júri popular

Deputada e outros sete envolvidos não apresentaram defesa final. Assassinato do pastor Anderson do Carmo foi em junho de 2019


R7

Publicada em: 13/04/2021 16:15:40 - Atualizado


BRASIL - A juíza Nearis Arce dos Santos, da 3ª Vara Criminal de Niterói, vai decidir se os 11 denunciados pelo assassinato do pastor Anderson do Carmo serão submetidos a júri popular.

Terminado o prazo para as alegações finais, apenas quatro dos envolvidos no caso apresentaram defesa: Adriano Rodrigues, André Oliveira, Carlos Ubiraci e Lucas de Souza. Os demais, incluindo a deputada federal Flordelis (PSD-RJ), mulher de Anderson, não quiseram ou não perderam o prazo para apresentação.

Após o encerramento do prazo, a juíza irá decidir se todos os denunciados ou parte deles, ou nenhum deles, serão submetidos à júri popular.

Flordelis é investigada como mandante do assassinato do marido, em junho de 2019. Ela é a única que responde em liberdade, pelo cargo parlamentar. No dia 6 de abril, Flordelis perdeu a autorização especial de sair das 23h às 6h para exercício do mandato.

Com base nos relatórios de acompanhamento, a suspensão feita pela juíza Nearis dos Santos veio após várias violações das medidas cautelares da acusada. Flordelis chegou a ficar 15 horas com a tornozeleira eletrônica desligada. Agora, a deputada tem que permanecer em recolhimento domiciliar noturno no horário estipulado, sem exceção.

Os outros acusados, todos presos, são filhos biológicos e adotivos de Flordelis. Sobre as testemunhas, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara ouve a primeira delegada do caso, Bárbara Lomba Bueno, e o perito do Ministério Público do Rio de Janeiro, Luiz Carlos Prestes, nesta terça-feira (13). Em decorrência da pandemia da covid-19, a reunião é online, por videoconferência. A sessão ocorre a pedido do relator do processo, deputado Alexandre Leite (DEM-SP).

    Segundo a delegada, Flordelis manipulava os envolvidos no assassinato e o planejamento do crime foi iniciado quando a acusada assumiu o mandato como deputada federal. “Todos os envolvidos tinham problemas diretos com a vítima [Anderson do Carmo]. (…) A medida em que, quem une as diferentes peças, que já se desentendiam, começa a declarar que realmente está insatisfeita com o alvo dos desentendimentos, há a autorização para que tomem atitudes. (…) Tudo passa pela deputada”, explicou Bárbara Bueno na reunião.


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