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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
BRASIL - O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) tem prazo de 15 dias a partir desta quarta-feira (30) para decidir se oferece denúncia à Justiça contra nove policiais militares indiciados por homicídio culposo (sem intenção de matar), em uma ação que terminou com nove jovens mortos na dispersão de um baile funk na comunidade do Paraisópolis, zona sul de São Paulo, em dezembro de 2019.
O inquérito foi enviado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) em despacho ao MP e ao Judiciário no último dia 23, segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública). De acordo com o MP, os autos do inquérito policial foram recebidos nesta quarta.
As vítimas morreram pisoteadas durante a ação de policiais militares no baile funk por volta das 4h de domingo (1º) de dezembro no cruzamento entre as ruas Ernest Renan e Rudolf Lutze, na comunidade. Além dos nove mortos, doze pessoas ficaram feridas.
De acordo com a Polícia Militar, equipes da Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas) estavam perseguindo dois homens em uma moto preta. A dupla, ainda segundo a PM, estava armada e atirou contra os agentes.
Durante a perseguição, os homens teriam entrado no baile funk, que acontecia na comunidade. A estimativa é que no evento, conhecido como Baile D17, havia cerca de cinco mil pessoas.
Outras equipes da Polícia Militar foram acionadas e, ao chegarem no endereço, segundo a versão da PM, elas foram recebidas com hostilidade. Os participantes do baile teriam arremessado pedras e garrafas.
As equipes de Força Tática utilizaram munições químicas para dispersar a multidão. Durante a ação, pessoas que participavam do baile ficaram feridas após serem pisoteadas. O resgate foi acionado, porém, apenas uma unidade de resgate conseguiu acessar o local.
Os feridos foram levados para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Campo Limpo, para o Hospital do Campo Limpo e para a AMA (Assistência Médica Ambulatorial) Paraisópolis. Do total de 21 feridos, nove pessoas morreram.