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porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024
BRASIL - A Justiça negou nesta segunda-feira (7) um pedido de liberdade para o sargento da Marinha acusado de matar o vizinho negro a tiros quando ele chegava em casa em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.
Aurélio Alves Bezerra, que assassinou Durval Teófilo Filho, está preso desde o início de fevereiro.
Segundo o juiz, o pedido foi indeferido porque houve alteração no quadro que ensejou a decretação da prisão. Entre os motivos da prisão estão a garantia da ordem pública e da preservação da integridade física e psicológica daqueles que deporão em juízo sobre o caso, além da garantia da aplicação da lei penal.
O Ministério Público do Rio (MPRJ) denunciou o sargento por homicídio doloso – quando há a intenção de matar – duplamente qualificado.
Segundo o MP, Aurélio cometeu o crime por motivo torpe e sem dar chance de defesa à vítima.
Inicialmente, o militar havia sido autuado por homicídio culposo (sem intenção) pela Polícia Civil. Após o Ministério Público pedir, e a Justiça acatar a mudança da tipificação do crime para doloso, a Delegacia de Homicídios, então, finalizou o inquérito como homicídio doloso, e encaminhou ao MP, que manteve a tipificação.
A pena para o crime pode variar entre 6 a 20 anos de reclusão.
Imagens de câmeras de segurança do condomínio em São Gonçalo onde o crime aconteceu (veja no inicio da reportagem) mostram o crime.
Pelas imagens, Aurélio chega de carro ao portão do condomínio. Durval, a pé, aparece a alguns metros do veículo do sargento e mexe em uma mochila – segundo a família, para pegar a chave do portão.
O militar efetua três disparos de dentro do carro e depois sai e se aproxima da vítima. Um deles atinge a barriga de Durval, que cai. O militar, então, se aproxima. Ao perceber o erro, ele socorre a vítima e a leva para o hospital, onde foi preso.
À PM, Aurélio disse que avistou um homem se aproximando de seu veículo “muito rápido”. Ainda segundo o depoimento, Durval chegou a dizer a Aurélio que era morador do mesmo condomínio.
Aos PMs, Aurélio informou também que “a localidade é perigosa e costuma ter muitos assaltos”.