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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
RONDÔNIA - Embora os prognósticos apontem para uma situação de normalidade descartando com relação à possibilidade de enchente em Rondônia neste ano, a Defesa Civil do Estado está pronta para atuar caso ocorra uma situação de emergência.
Foi o que garantiu nesta segunda-feira (29) o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Felipe Santiago Chianca Pimentel, com base também em informações fornecidas pelos capitães Artur e Barreto, que diariamente acompanham o trabalho de monitoramento dos serviços de meteorologia e hidrologia do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), entre outros.
Coronel Chianca, comandante do Corpo de Bombeiros
Em recente reunião no Sipam, em Porto Velho, com a participação de representantes de Rondônia, Acre e Amazonas, inclusive do Cemaden, foi feito prognóstico sobre o comportamento das águas e descartada uma grande cheia como a de 2014. Nesta segunda-feira, por exemplo, o nível do rio Madeira atingia os 14,5 metros cúbicos, enquanto que na mesma data em 2017 estava em 16,84m. “Tecnicamente está descartada cheia em Porto Velho e nos demais municípios, como Rolim de Moura, Ji-Paraná, Pimenta Bueno, Cacoal e Buritis. Mas se ocorrer, a Defesa Civil do Estado está pronta para atender aos que se declararem incapazes”, afirmou o coronel Chianca.
Ele explicou que o Corpo de Bombeiros de Rondônia está presente com quartéis em 14 municípios, mas atua nos adjacentes com ações de socorro, de acordo com a necessidade. Além de elaborar planos e formulários inseridos no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres, interligado à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec).
“Para este ano está descartada uma cheia nos moldes de 2014”, disse o coronel citando que os níveis dos rios estão dentro do que é considerado seguro e que por isso a Defesa Civil do Estado ainda não foi acionada pela Defesa dos municípios. “A expectativa é que, no caso do rio Madeira, atinja os 16 metros, mas a partir das se estabiliza, por isso o estado nem entra em ação. Só entramos quando o município se declara incapaz. Da mesma forma, a Defesa Civil do Estado suporta até os 17 metros, que a população já está acostumada. Passou daí, a Defesa Nacional é acionada”.
O coronel revelou que atualmente o Corpo de Bombeiros dispõe de mais caminhões e viaturas para responder aos desastres e ainda conta com 85 alunos no curso de formação que podem ser designados para atuar, caso ocorra uma situação que fuja do controle atual. “Estamos prontos para orientar as famílias ou removê-las, um trabalho que tem a parceria do Exército e outros órgãos”, observou.
Para dar mais tranquilidade à população, ele disse que devido ao fenômeno La Niña [resfriamento das águas do Oceano Pacífico, que segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) vem sendo observado desde agosto de 2017 e permanece pelo menos até março deste ano], as chuvas se concentram mais em Porto Velho, mas fracas, enquanto nas cabeiras [rios Beni, Madre Dios, Mamoré e Guaporé as chuvas já reduziram, estando abaixo da média, e assim devem permanecer até 7 de fevereiro. “Mesmo com a previsão de chuvas mais intensas, de 8 a 14 de fevereiro, o volume de água não terá grande impacto, considerando estas duas semanas de estiagem”, pontuou Chianca.
O capitão Artur lembrou que as hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau também realizam monitoramento das águas, gerenciando o volume acumulado para os seus reservatórios para a geração de energia.
Além do Corpo de Bombeiros, o governo de Rondônia monitora a possibilidade de cheia através do Departamento de Ações Emergenciais, vinculado à Secretaria de Assistência e do Desenvolvimento Social (Seas). Pelo menos dois psicólogos e um assistente social trabalham em parceria com a Defesa Civil Municipal, mapeando e monitorando as famílias que moram em áreas de risco.