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porto velho, sábado 8 de fevereiro de 2025
MUNDO: O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, decidiu dissolver o Parlamento do país e convocar novas eleições gerais. A medida ocorre depois da derrota do Partido Socialista Obreiro Espanhol (PSOE) nas eleições regionais realizadas no domingo 28.
Em discurso na manhã desta segunda-feira, 29, o premiê socialista assumiu a responsabilidade pela derrota de seu partido e anunciou a convocação de novas eleições para que “o povo espanhol tome a palavra para decidir o rumo político do país”.
“Assumo pessoalmente esses resultados e considero importante submeter nosso mandato democrático à vontade popular”, declarou.
Em alianças com a direita espanhola, o Partido Popular (PP), principal rival político do PSOE, conquistou o controle de quase todas as regiões do país, incluindo a Comunidade de Madri, além do governo de sete das dez maiores cidades.
O premiê afirmou que o novo pleito vai ocorrer em 23 de julho, mas não revelou se concorrerá pelo seu partido. As eleições gerais iriam ocorrer no final deste ano.
O Parlamento espanhol será dissolvido a partir de amanhã, conforme comunicado do premiê ao rei da Espanha, Felipe VI.
A Espanha adota um regime de monarquia parlamentarista, em que o rei é o chefe de Estado, responsável pelas Forças Armadas e pela nomeação do primeiro-ministro, mas não interfere no Executivo.
O primeiro-ministro, por sua vez, é o chefe de governo e é escolhido pelo Parlamento, eleito pelo voto popular. Pedro Sánchez, líder do PSOE, está no comando da Espanha desde 2019, depois de as eleições também terem sido convocadas antecipadamente.
O Partido Popular (PP), de direita e liderado por Alberto Núñez Feijóo, alcançou um de seus principais objetivos e se tornou o partido mais votado nas disputas locais.
Com quase 99% dos votos apurados, o PP obteve 6,9 milhões de votos (31,53%), enquanto os socialistas de Sánchez receberam 6,2 milhões (28,14%).