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Pasta com informações ultrassecretas sumiu no fim do governo Trump; saiba o que há nela

Uma pasta contendo informações altamente confidenciais relacionadas à interferência russa nas eleições dos EUA


CNN

Publicada em: 16/12/2023 10:46:52 - Atualizado

MUNDO: Uma pasta contendo informações altamente confidenciais relacionadas à suposta interferência eleitoral russa nos Estados Unidos em 2016 desapareceu no final da Presidência de Donald Trump.

O fato alarmou autoridades de inteligência, pois alguns dos segredos de Segurança Nacional mais bem guardados dos EUA e de aliados poderiam ser expostos, disseram fontes familiarizadas com o assunto.

O desaparecimento da pasta, que não foi relatado anteriormente, foi tão preocupante que os funcionários dos serviços de inteligência informaram os líderes do Comitê de Inteligência do Senado no ano passado sobre os materiais desaparecidos e os esforços do governo para recuperá-los, ressaltaram as fontes.

Nos mais de dois anos desde que Trump deixou o cargo, os documentos desaparecidos não parecem ter sido encontrados.

A pasta continha informações brutas que os Estados Unidos e seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) recolheram sobre russos e agentes russos, incluindo fontes e métodos, que basearam a avalição do governo dos EUA de que o presidente russo, Vladimir Putin, procurou ajudar Trump a vencer as eleições de 2016, disseram fontes.

As informações eram tão sensíveis que legisladores e assessores do Congresso com autorizações de segurança ultrassecretas só puderam rever o material na sede da CIA em Langley, na Virgínia, onde o trabalho de análise foi mantido em um cofre trancado.

A pasta foi vista pela última vez na Casa Branca, durante os últimos dias de Trump no cargo. O ex-presidente ordenou que os documentos fossem levados para lá para que ele pudesse desclassificar — ou seja, tirar o rótulo de documento secreto — uma série de informações relacionadas à investigação do FBI sobre a Rússia.

Sob os cuidados do então chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, a pasta foi vasculhada por assessores republicanos que trabalhavam para editar as informações mais confidenciais para que pudessem ser divulgadas publicamente.

As informações sobre a Rússia eram apenas uma pequena parte da coleção de documentos na pasta, descrita como tendo 25 centímetros de espessura e contendo folhas e mais folhas de conteúdo sobre a investigação do “Furacão Crossfire” do FBI sobre a campanha de Trump em 2016 e a Rússia.

Mas a informação bruta sobre a Rússia estava entre os materiais confidenciais mais sensíveis, e funcionários do alto escalão da administração Trump tentaram repetidamente impedir o ex-presidente de divulgar os documentos.

Um dia antes de deixar o cargo, Trump emitiu uma ordem tornando pública a maior parte do conteúdo da pasta, desencadeando uma enxurrada de ações nas últimas 48 horas de sua Presidência.

Várias cópias do fichário editado foram criadas dentro da Casa Branca, com planos de distribuí-las por Washington aos republicanos no Congresso e aos jornalistas de direita.


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