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Houthis desafiam EUA e podem bloquear uma das rotas marítimas mais importantes do mundo

Os Estados Unidos anunciaram na segunda-feira (18) uma coalizão de dez países para reforçar a segurança na área.


R7

Publicada em: 19/12/2023 16:32:14 - Atualizado


MUNDO: Uma situação paralela à guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas virou objeto de preocupação de líderes de diversos países nos últimos dias. Rebeldes do Houthi, facção apoiada pelo Irã que controla parte do Iêmen, intensificaram ataques a navios mercantes no mar Vermelho, forçando mais de uma dezena de empresas de transporte marítimo a suspender rotas naquela região.

Os Estados Unidos anunciaram na segunda-feira (18) uma coalizão de dez países para reforçar a segurança na área. Os houthis, porém, responderam nesta terça-feira (19) e garantiram que continuarão com as ações, que são uma demonstração de apoio ao Hamas.

"A coalizão formada pelos Estados Unidos visa proteger Israel e militarizar o mar sem qualquer justificativa, e não impedirá o Iêmen de continuar as suas operações legítimas de apoio a Gaza”, disse o porta-voz houthi, Mohamed Abdulsalam, em sua conta no X (antigo Twitter).

O aumento das tensões no mar Vermelho esteve na pauta dos encontros do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, em viagem nesta segunda-feira (18) ao Oriente Médio.

"O secretário Austin sublinhou que os ataques já tinham impacto na economia global e continuariam a ameaçar o transporte marítimo comercial se a comunidade internacional não se reunisse para resolver a questão coletivamente", disse nesta terça-feira (19) o porta-voz do Pentágono, major-general Pat Ryder.

Os seguintes armadores anunciaram nos últimos dias que suas embarcações não passarão mais pelo mar Vermelho até nova ordem: Maersk (Dinamarca), Hapag-Lloyd (Alemanha), CMA CGM (França), MSC (Itália-Suíça), a petroleira BP (Reino Unido), Evergreen Marine e Yang Ming Marine Transport (Taiwan), Cosco (China), OOCL (Hong Kong), Euronav (Bélgica), Frontline e Wallenius Wilhelmsen (Noruega) e HMM (Coreia do Sul).

Juntas, as empresas que desviaram as embarcações "controlam cerca de metade do mercado global de transporte de contêineres", disse à Reuters Albert Jan Swart, analista do banco ABN AMRO. "Evitar o mar Vermelho levará a um custo mais alto devido ao maior tempo de viagem", afirmou Swart.

Embora os houthis digam ter como alvo embarcações relacionadas a Israel, as ações que organizaram recentemente afetaram navios de vários países. Em 19 de novembro, eles sequestraram um navio de propriedade parcial de um empresário israelense, o Galaxy Leader.


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