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porto velho, terça-feira 5 de novembro de 2024
MUNDO: As enchentes mais letais da história moderna da Espanha mataram pelo menos 211 pessoas e dezenas ainda estão desaparecidas, quatro dias depois de chuvas torrenciais varrerem a região de Valência, no leste, disse o primeiro-ministro Pedro Sánchez, neste sábado.
Em uma declaração veiculada pela televisão, Sánchez disse que o governo enviará mais 5.000 soldados do Exército para ajudar com as operações de busca e limpeza, além dos 2.500 que já haviam sido deslocados.
"É a maior operação das Forças Armadas da Espanha em tempos de paz", afirmou Sánchez. "O governo mobilizará todos os recursos necessários por quanto tempo eles forem necessários."
A tragédia já é o maior desastre relacionado a enchentes da Europa desde 1967, quando pelo menos 500 pessoas morreram em Portugal.
As esperanças de encontrar sobreviventes cresceram quando equipes de resgate encontraram uma mulher viva, após ficar três dias presa em um estacionamento em Montcada, Valência.
Os moradores aplaudiram quando o chefe de proteção civil, Martín Pérez, anunciou a notícia.
Enquanto isso, voluntários se reuniram na Cidade de Artes e Ciências de Valência para a primeira limpeza organizada pelas autoridades regionais. O local foi transformado no quartel-general da operação.
No subúrbio de Picanya, em Valência, a lojista Emilia, 74 anos, disse à Reuters neste sábado: "Nós nos sentimos abandonados, há tantas pessoas que precisam de ajuda. Não é apenas minha casa, são todas as casas e estamos jogando móveis fora, estamos jogando tudo fora".
"Quando a ajuda chegará para termos geladeiras e máquinas de lavar? Porque não podemos nem lavar nossas roupas e não podemos nem tomar um banho."
A enfermeira Maria José Gilabert, 52 anos, também moradora de Picanya, afirmou: "Estamos devastados porque não há muita luz no fim do túnel aqui no momento, não porque eles não estão vindo ajudar, eles estão vindo de toda a Espanha, mas porque demorará muito tempo antes que aqui se torne uma área habitável novamente".