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porto velho, sexta-feira 13 de dezembro de 2024
MUNDO: O delegado da Polícia Federal Valdecy Urquiza, de 43 anos, foi confirmado como o novo secretário-geral da Polícia Internacional (Interpol) na manhã desta terça-feira (5). Com isso, ele se torna o primeiro brasileiro a ocupar ao cargo mais alto da maior organização policial do mundo.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que Urquiza foi chancelado pelos países-membros da organização na 92ª Assembleia Geral da Interpol, realizada em Glasgow, no Reino Unido. Ele foi indicado em junho pelo comitê executivo da entidade.
Dos 196 países-membros, 153 votaram na Assembleia Geral. Destes, 145, representando 96% dos presentes, foram favoráveis ao nome de Urquiza. Seis países votaram contra o brasileiro e dois se abstiveram.
Urquiza estará à frente da Interpol a partir de janeiro de 2025. O mandato tem duração de cinco anos e pode ser renovado por mais cinco. Para ocupar o cargo, ele e sua família devem se mudar para Lyon, na França, onde fica a sede da entidade.
O delegado da PF Valdecy Urquiza é um dos três vice-presidentes da Interpol. Ao lado dele, trabalham o belga Peter de Byshhcher e o nigeriano Garga Baba Umar. Além disso, ele exerce o cargo de Diretor de Cooperação Internacional da Polícia Federal.
Em fevereiro deste ano, Urquiza declarou em entrevista à agência Reuters que a corporação deveria eleger um secretário-geral de uma nação em desenvolvimento, de forma a diversificar e ampliar a legitimidade de suas operações num contexto mundial cada vez mais polarizado.
"Entendemos que a diversidade trará mais credibilidade à organização, mais legitimidade ao trabalho que é feito. Por quê? A organização atua em atividades no combate a ameaças de todo o globo, então precisamos agregar à organização a expertise, prioridades e forma de combate, às prioridades de cada polícia de outras regiões do globo", disse na ocasião.
Além disso, afirmou que quer expandir a participação feminina nos cargos de comando da instituição, visto que, na época, as mulheres eram apenas 43% das representantes, mas não chegavam a 10% em postos do alto escalão.