Fundado em 11/10/2001
porto velho, quarta-feira 4 de dezembro de 2024
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, impôs nesta terça-feira (3) a Lei Marcial no país. O decreto restringe o acesso a direitos civis e substitui a legislação normal por leis militares.
Ele acusou a oposição de se aliar à Coreia do Norte e justificou a medida dizendo que ela iria "limpar" o território de aliados de Pyongyang. Entretanto, a oposição o acusou de usar o conflito para controlar o Parlamento.
"Declaro lei marcial para proteger a livre República da Coreia da ameaça das forças comunistas norte-coreanas, para erradicar as desprezíveis forças antiestado pró-norte-coreanas que estão saqueando a liberdade e a felicidade do nosso povo, e para proteger a ordem constitucional livre", disse em pronunciamento na TV.
Pouco após Yeol anunciar a Lei Marcial, os parlamentares sul-coreanos já votaram para bloquear o decreto. Dos 300 membros, 190 estavam presentes na Assembleia Nacional, e todos votaram contra a medida.
“O presidente deve suspender imediatamente a lei marcial de emergência após a votação pela Assembleia Nacional. Agora, a declaração de lei marcial de emergência é inválida”, disse Woo Won-sik, o presidente da Assembleia Nacional.
Nascido em 1960 em Samseon-dong, em Seul, Yoon Suk Yeol é presidente da Coreia do Sul desde 2022.
Representando o Partido do Poder Popular, da ala conservadora, foi eleito no pleito mais acirrado de todos os tempos no país, com menos de um ponto percentual de diferença do rival Lee Jae-myung, do Partido Democrata.