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porto velho, quinta-feira 15 de maio de 2025
MUNDO: O chanceler argentino, Gerardo Werthein, se manifestou, nesta quinta-feira (5) sobre o acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia, embora tenha minimizado sua relevância. Em reunião com outros ministros, Werthein afirmou que a Argentina apoia o tratado, mas busca maior flexibilidade dentro do Mercosul.
“Para nós, esse acordo não é determinante, mas a Argentina privilegia o interesse de todos os sócios, ainda que isso contenha certas coisas que não nos contemplam”, afirmou. Ele reiterou a necessidade de permitir que países-membros negociem acordos externos individualmente, uma demanda antiga do governo Milei.
Werthein ainda enfatizou a importância de ampliar as importações para enfrentar a pobreza, que alcançou cerca de 53% no início da gestão Milei. “O mercado externo é fundamental”, afirmou.
A posição argentina ressoa com os desejos do presidente uruguaio Luis Lacalle Pou, que também defende maior autonomia comercial para os países do bloco. Contudo, a proposta enfrenta resistência do Brasil e de outros membros.
Arlindo Chinaglia (PT-SP), vice-presidente do Parlamento do Mercosul, criticou a falta de consulta ao bloco durante as negociações de um termo adicional ambiental exigido pela UE em 2019. “Isso gerou tensões e exigiu firmeza da nossa parte. Deu certo”, afirmou.
O anúncio final do acordo está previsto para as 10h desta sexta-feira, no horário de Brasília.