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    porto velho, quarta-feira 11 de dezembro de 2024

PF e autoridades italianas miram rede internacional de narcotráfico e lavagem de dinheiro

Foram cumpridos nove mandados de prisão preventiva no Brasil e um na Espanha, além de 31 mandados de busca e apreensão


TERRA

Publicada em: 10/12/2024 11:47:23 - Atualizado

MUNDO: A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 10, em colaboração com autoridades brasileiras e italianas, a Operação Mafiusi, com o objetivo de desmantelar dois grupos criminosos ligados ao tráfico de grandes quantidades de cocaína da América do Sul para a Europa. As investigações revelaram uma rede complexa que operava principalmente através do Porto de Paranaguá, no Brasil, e de aeronaves privadas.

A operação contou com a participação da Polícia Federal, do Ministério Público Federal, da Receita Federal, da Procuradoria-Geral da República e da Guarda Civil Espanhola, além do apoio de órgãos internacionais como Eurojust, Europol e Interpol. Ações coordenadas foram realizadas simultaneamente no Brasil e na Itália, resultando em prisões nos dois países.

A investigação é fruto de uma equipe conjunta formada entre Brasil e Itália após a prisão de dois membros da máfia italiana em Praia Grande, no litoral paulista, em 2019. Desde então, estabeleceu-se uma cooperação jurídica e policial internacional entre o Ministério Público de Turim - Diretoria Antimáfia, os Carabinieri Italianos do Raggruppamento Operativo Speciale (ROS) e o Comando Provincial de Turim, além da Polícia Federal do Brasil, por meio do Grupo Especial de Investigações Sensíveis do Paraná, e o Ministério Público Federal. Esse esforço conjunto resultou na operação realizada nesta terça-feira.

A operação é um desdobramento da Operação Retis, que já havia desarticulado organizações criminosas responsáveis pela logística do tráfico de drogas no Porto de Paranaguá. Essas redes coordenavam todo o aparato necessário para enviar cocaína da América do Sul para a Europa, utilizando o porto como ponto estratégico.

De acordo com a PF, durante as investigações identificou-se que os traficantes que contratavam essa logística eram indivíduos de São Paulo, vinculados a uma facção criminosa originária do estado, além de membros de uma organização mafiosa italiana atuante no Brasil. Esses mafiosos intermediavam a compra e o envio da droga para o continente europeu.


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