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    porto velho, terça-feira 14 de janeiro de 2025

Ditador Maduro diz que Venezuela se prepara com Cuba e Nicarágua para luta armada

Fala ocorre após países da União Europeia, Estados Unidos, Reino Unido e Canadá aumentarem sanções contra a Venezuela


CNN

Publicada em: 13/01/2025 16:53:30 - Atualizado


MUNDO: O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse no sábado (11), um dia após tomar posse para o seu terceiro mandato, que o país se prepara, com Cuba e com a Nicarágua, países aliados, para “pegar em armas” para se defender.

Em discurso no evento de encerramento do Festival Mundial Antifascista, realizado em Caracas, o presidente venezuelano afirmou que é preciso ter capacidade de “derrotar pacificamente o “fascismo”, mas “se for o caso”, poder “enfrentá-lo com armas na mão e a luta armada legítima da humanidade”.

“A Venezuela vai se preparando junto com Cuba, com a Nicarágua, com nossos irmãos maiores do mundo, para se um dia tivermos que pegar em armas para defender o direito à paz, à soberania e os direitos históricos de nossa pátria. Batalhar na luta armada e voltar a ganhar”, expressou Maduro no evento, do qual participaram integrantes do Partido dos Trabalhadores e do Movimento Sem Terra do Brasil.

A fala ocorre após países da União Europeia, Estados Unidos, Reino Unido e Canadá aumentarem as sanções contra a Venezuela, e depois do ex-presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, pedir uma intervenção militar internacional, “preferencialmente apoiada pela Organização das Nações Unidas”, para tirar o chavismo do poder e organizar eleições livres no país.

Na última sexta-feira (10), instantes antes da posse de Maduro, o comandante estratégico operativo das Forças Armadas da Venezuela, o general Domingo Hernández Larez, postou vídeos nas redes sociais exibindo mísseis apontando para o céu, afirmando que “a pátria se defende”.

O país também fechou suas fronteiras e seu espaço aéreo diante da afirmação do opositor Edmundo González de que entraria no país para tomar posse. Atas publicadas pela oposição venezuelana indicam que o ex-candidato teria ganhado as eleições presidenciais de julho. O Conselho Nacional Eleitoral do país, no entanto, atribuiu a vitória a Maduro.

Diante de ameaças de prisão e de que seu avião fosse ser abatido, o opositor afirmou depois que irá à Venezuela posteriormente, no momento adequado.

Nos dias anteriores à posse, Maduro afirmou que em cada fábrica e lugar de trabalho do país deveria haver “corpos de combatentes” armados da Milícia Nacional Bolivariana, uma força conformada por civis treinados e ex-militares que atuam como um organismo auxiliar aos militares.



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