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porto velho, sexta-feira 17 de janeiro de 2025
MUNDO: Israel acusou nesta quinta-feira (16) o movimento islamista palestino Hamas de provocar "uma crise de último minuto" ao desistir de alguns pontos do acordo de trégua em Gaza anunciado na quarta-feira.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que, por conta disso, não vai reunir seu gabinete para aprovar o cessar-fogo enquanto o Hamas não recuar.
"O Hamas não cumpriu partes do acordo alcançado com os mediadores e Israel em uma tentativa de obter concessões de último minuto", disse o gabinete de Netanyahu em um comunicado, acrescentando que a situação criou uma "crise de último minuto".
Após mais de um ano em ponto morto, as negociações indiretas entre Israel e Hamas aceleraram nos últimos dias antes de o presidente dos EUA, Joe Biden, deixar a Casa Branca para ser substituído pelo republicano Donald Trump na segunda-feira (20).
Na noite da última quarta (15), os países mediadores anunciaram um acordo em três fases que prevê uma trégua a partir do domingo, uma primeira troca de 33 reféns israelenses por presos palestinos e um aumento da ajuda humanitária. O Conselho de Ministros de Israel tem que se reunir durante esta quinta-feira para avaliar o acordo e aprová-lo apesar das diferenças internas.
De acordo com o gabinete israelense, a mudança estaria relacionada a detalhes da troca dos reféns em Gaza por prisioneiros palestinos detidos em Israel, que o Hamas estaria exigindo escolher individualmente cada um dos nomes a serem libertos. Esse impasse, segundo o gabinete, não está nos termos acordados no dia anterior.