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    porto velho, quinta-feira 1 de maio de 2025

China envia recado em vídeo ao presidente Donald Trump: "Não vamos nos ajoelhar"

Ministério das Relações Exteriores chinês critica guerra comercial e convoca países a resistirem à hegemonia norte-americana


CNN

Publicada em: 29/04/2025 17:49:18 - Atualizado


MUNDO: Em resposta à guerra comercial do presidente Donald Trump, o Ministério das Relações Exteriores da China publicou nas redes sociais um vídeo que convoca a comunidade internacional a se posicionar contra o líder “valentão” da América.

“Curvar-se a um valentão é como beber veneno para matar a sede — só aprofunda a crise”, disse a China em seu vídeo, narrado em inglês e legendado em chinês.

“A história provou que o compromisso não lhe renderá misericórdia — ajoelhar-se apenas convida mais intimidação. A China não se ajoelhará.”

O vídeo narra uma lição histórica do que a China considera “agressão econômica norte-americana”, forçando empresas como Toshiba e Alstom à dissolução, crise financeira e falência, e levando a economia do Japão a “décadas de crescimento anêmico”.

Em contraste, a China se retratou como um paraíso do livre comércio com o qual outros países podem investir e fazer parcerias com segurança.

A China permanecerá firme, não importa quão forte sopre o vento. Alguém tem que dar um passo à frente, tocha na mão, para dissipar a névoa e iluminar o caminho adiante.”

A retórica abrangente e dramática serviu tanto como uma mensagem severa à administração Trump, após sua histórica escalada na guerra comercial, quanto como um chamado à ação para outros países.

A China, no vídeo, convocou todas as nações a “se manterem firmes” para “romper os muros da hegemonia”.

O vídeo não mencionou especificamente as tarifas de 145% que a administração Trump impôs às importações chinesas — ou as tarifas retaliatórias de 125% que a China, por sua vez, aplicou aos produtos norte-americanos.

Mas a China publicou o vídeo nas redes sociais em um momento de aparente disposição para ceder da administração Trump.

Trump disse recentemente que espera que as tarifas sobre produtos chineses diminuam, e o Secretário do Tesouro Scott Bessent, ainda na terça-feira, chamou as tarifas extremamente altas de “insustentáveis”.

Mas Trump também disse que a China precisaria apresentar uma oferta forte, e embora ele tenha dito que as duas nações estão em comunicação constante, a China repetidamente negou que os países estejam em qualquer tipo de negociação comercial ativa.

Enquanto isso, as negociações comerciais com os EUA parecem estar em pleno andamento com um grande número de outras nações.



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