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porto velho, sexta-feira 9 de maio de 2025
MUNDO: Iniciado nesta quarta-feira (7), o conclave que definirá o novo Papa segue regras rigorosas de confidencialidade. Qualquer violação do juramento de segredo imposto aos cardeais e colaboradores envolvidos no processo pode resultar em excomunhão automática, sem necessidade de julgamento.
Previsto na Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis e reforçado pelo Código de Direito Canônico, o juramento determina silêncio absoluto e permanente sobre votações, discussões e qualquer informação relacionada à eleição papal. O compromisso inclui também a proibição do uso de dispositivos eletrônicos ou qualquer meio de comunicação.
Todos os cardeais eleitores, além de pessoal de apoio como guardas suíços, técnicos e cozinheiros, prestam esse juramento antes do início do conclave. A norma está em vigor desde 1996 e foi reforçada por Bento XVI, que tornou explícita a aplicação da excomunhão latae sententiae — punição que só pode ser suspensa pela Santa Sé.
A medida busca proteger a integridade do processo, evitando interferências externas e garantindo que a escolha do novo pontífice ocorra em um ambiente de recolhimento e discernimento espiritual. Para a Igreja, o sigilo absoluto é essencial para assegurar a liberdade e legitimidade da decisão.