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    porto velho, sábado 31 de maio de 2025

Se EUA negarem visto a Moraes vai haver resposta política, diz ex-embaixador em Washington

Para ex-embaixador, aplicação da medida anunciada pelo secretário de Estado dos Estados Unidos seria "atitude inamistosa"


cnn

Publicada em: 29/05/2025 10:00:45 - Atualizado


MUNDO: O ex-embaixador do Brasil em Washington Rubens Ricupero acredita que o governo brasileiro reagirá a uma eventual restrição de vistos pelo Estados Unidos a autoridades brasileiras.

“Se isso for aplicado, por exemplo, ao Alexandre de Moraes ou a outra personalidade qualquer, vai haver uma resposta política, demonstração de desagrado, de que isso vai provocar uma deterioração do relacionamento.”

Para o diplomata, é improvável, no entanto, que essa reação seja mais intensa do que isso. “Não acredito que o Brasil vá retaliar, por exemplo, proibindo autoridades americanas, porque não é nosso hábito fazer isso”, explicou.

Os Estados Unidos anunciaram na quarta-feira (28) a restrição de vistos para estrangeiros, incluindo autoridades, que "censuram" americanos.

O anúncio foi feito por Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, em uma publicação no X. Na postagem, ele chegou a citar a América Latina, mas não deu detalhes sobre a nova medida.

Horas mais tarde, o conselheiro de Donald Trump, Jason Miller, marcou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em uma postagem repercutindo o anúncio.

Embora ressalte que, até o momento, trata-se apenas de uma medida “em tese”, ou seja, que não foi aplicada na prática, Ricupero pontua que no caso específico de Moraes, a decisão seria uma “atitude inamistosa”, uma vez que, se o ministro tomou decisões contrárias às políticas americanas, foi cumprindo sua função de juiz.

“Alexandre de Moraes, ao julgar determinadas coisas, não está dispondo a respeito dos Estados Unidos, mas está dispondo sobre o Brasil”, afirmou.

Apesar disso, o jurista acrescentou que é difícil prever qual será a decisão do governo dos EUA — que ele classifica como “extremista”.

“Nós aqui temos uma atitude que eu acho mais normal. Nós é que estamos com a maioria dos países do mundo, eles é que estão em uma posição extrema, que é bem isolada. Então não sei se eles vão chegar a esse ponto. Pode ser, né? Porque eles estão se isolando cada vez mais”, completou.




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