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porto velho, quinta-feira 5 de junho de 2025
MUNDO: Negociadores russos entregaram a uma delegação da Ucrânia, nesta segunda-feira (2), um memorando com os termos de Moscou para um cessar-fogo total na guerra que já dura mais de três anos, entre eles a anexação de 20% do território ucraniano.
O encontro, que demorou menos de 1 hora, ocorreu em Istambul, no Ministério das Relações Exteriores da Turquia, país responsável pela mediação das negociações.
Segundo as agências estatais russas Tass, Interfax e RIA Novosti, as condições russas para um cessar-fogo definitivo no conflito delineadas no memorando incluem reconhecimento da Crimeia, Lugansk, Donetsk, Zaporizhzhia e Kherson, regiões ocupadas atualmente pelas tropas russas e que correspondem a 20% do território da Ucrânia, como território da Rússia.
Além disso, a Rússia impõe a retirada completa das tropas ucranianas desses territórios; a interrupção de fornecimento de armas e de inteligência do Ocidente à Ucrânia; eleições na Ucrânia; limitação do Exército ucraniano, tanto na quantidade de tropas quanto de armas, e a proibição da Ucrânia de ter armas nucleares e de abrigar esses armamentos em seu território.
Caso as exigências russas sejam cumpridas, o memorando prevê a assinatura de um acordo de paz, a extinção de todas as sanções econômicas existentes entre os dois países e a restauração das relações econômicas com a Ucrânia, incluindo o fluxo de gás.
A Ucrânia já se recusou a cumprir as mesmas demandas apresentadas pelos russos em negociações anteriores, intermediadas pelos Estados Unidos.
Na ocasião, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky disse que não abriria mão de territórios e continuaria reivindicando o direito de entrar para a Otan.
As negociações em Istambul, no entanto, permitiram que as duas partes chegassem a um acordo sobre a troca de prisioneiros feridos e dos corpos de soldados mortos.
Ucrânia e Rússia concordaram em fazer uma grande troca de prisioneiros de guerra e de corpos de soldados.
Serão trocados todos os prisioneiros de até 25 anos, gravemente feridos ou doentes, além de 6 mil cadáveres de cada lado.
O encontro na Turquia aconteceu após a Ucrânia realizar um de seus maiores ataques no conflito com a Rússia neste domingo, 1º.